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Renovação de Tabárez no Uruguai abre caminho para 'fico' de Aguirre

21/09/2018 07h30

Diego Aguirre já avisou à diretoria do São Paulo que só discutirá a renovação de seu contrato, hoje válido até dezembro de 2018, quando o Brasileirão terminar. Mas uma notícia vinda do Uruguai na tarde de quinta-feira abriu ainda mais o caminho para o "fico" do treinador do Tricolor: Óscar Tabárez está perto de oficializar sua permanência no comando da seleção do país até a Copa do Mundo de 2022.

Aguirre seria um nome forte para assumir a Celeste se a saída de Tabárez, que chegou a ser dada como certa por ele mesmo após o Mundial da Rússia, se concretizasse. Mas a comissão normalizadora que está à frente da Associação Uruguaia de Futebol até que se realizem novas eleições (a Fifa entendeu que o último processo eleitoral "não cumpriu os requisitos de transparência") alinhou um acordo para a permanência do "Maestro", que está no cargo há 12 anos.

Pedro Bordaberry, presidente da comissão normalizadora, disse em entrevista coletiva nesta quinta que a AUF tem condições financeiras de manter Tabárez e que consultou os presidentes dos clubes uruguaios sobre o tema, restando apenas o "ok" do mandatário do Wanderers, que está em viagem.

De acordo com a imprensa local, a renovação será assinada nas próximas horas e Tabárez já será o responsável pela convocação para os amistosos contra Coreia do Sul e Japão, em 12 e 16 de outubro. A lista sai até domingo.

A possibilidade de perder Diego Aguirre para a seleção uruguaia atormentava o São Paulo desde a chegada do treinador. Ele assegurou a Raí, antes mesmo de ser contratado, que só não ficaria no Morumbi até o fim do ano se fosse mandado embora. Por outro lado, nunca escondeu que comandar a equipe de seu país seria a realização de um sonho, o que gerava dúvidas sobre 2019.

Há algumas semanas, conforme a permanência de Tabárez na seleção do Uruguaia ia se tornando mais provável, a diretoria são-paulina passou a tratar a renovação como um processo natural. Aguirre é unanimidade no clube e sempre diz que está muito feliz, mas pediu para negociar só após o Brasileiro e alertou que fará algumas exigências durante as conversas.

- Não é só renovar um contrato e assinar. Para renovar um contrato tem que colocar condições de trabalho. Não estou falando apenas de dinheiro, não. Tem muitas condições que têm que melhorar no São Paulo, coisas que têm de mudar. Não é o momento de falar disso agora, falarei com a diretoria quando chegar o momento. Eu quero, se continuo, ajudar também. Não é uma conversa de um dia. Deixemos para o final (da temporada). Possivelmente vai acontecer, mas tem coisas que eu quero exigir. Vamos ver o que acontece - afirmou o treinador, no início do mês, ao Sportv.