Argentino dá a volta ao mundo de bicicleta e chega em Moscou
Nesta terça-feira, no meio de tantos torcedores de várias partes do mundo que se aglomeraram na região da Praça Vermelha para curtir o feriado do Dia da Soberania da Rússia, um ciclista chamava a atenção: Matias Amaya. O argentino de 33 anos vem dando a volta pelo mundo de bicicleta desde 2013, quando resolveu sair de sua cidade, San Juan, para acompanhar a Copa do Mundo do Brasil. Gostou tanto do feito que resolveu seguir viagem, com o objetivo de estar na Rússia em 2018. Ele conseguiu.
- Fiz disso o objetivo da minha vida. Depois da Copa de 2014 resolvi conhecer todo o Brasil, me estabeleci um ano em Santa Catarina e decidir subir a América até o México. De lá fui para a Espanha, onde cheguei no dia 13 de julho de 2016. São dois anos na Europa, passando por mais de 20 países, entrei na Rússia há um mês e na última quinta-feira cheguei aqui em Moscou.
Para uma viagem desse tamanho, Mathias carrega atrás da bicicleta um bagageiro com as suas coisas, pesando 70 quilos. É tudo o que leva. E diz que, nessa saga, conta sempre com a ajuda de pessoas que acompanham a viagem em sua página na internet.
- Nunca fiquei em hotel algum. Sempre tenho alguém que me ajuda com estadia e alimentação. Quando não tenho nenhuma coisa nem outra, me viro. Durmo ao relento, me alimento com o que tem na natureza - disse.
E como foi a questão da liberação do passaporte em tantos países, principalmente na Rússia, tão zelosa na entrada de estrangeiros?
- Nunca tive problema. Aqui, por exemplo, eles viram o que eu estava levando e me deixaram passar - disse Matyas. Parece mentira, mas a sua presença corrobora com esta fantástica história.
E já que ele está no país do Mundial, chegou a hora de ver os jogos, certo? Errado!
- Nem de brincadeira, somente se eu ganhar ingresso. Eu não tenho dinheiro algum.
Não ver jogo não deixa o argentino frustrado. Para ele vale marcar presença no evento e, do seu jeito, fazer parte dele - a ponto de seu próximo objetivo já estar traçado.
- Acabando a Copa da Rússia já começo a pedalar para chegar no Qatar. Vou ver tudo isso de novo em 2022.
Assim, resta saber se bate saudade da família e dos amigos. Solteiro e sem filho, Matyas tem a foto do pai e da mãe colocada no corpo da bicicleta:
- A saudade às vezes bate. Mas tenho a foto dos meus pais. Desde que comecei a pedalar, no dia 5 de abril de 2012, nunca mais voltei a San Juan.
E esta volta, se acontecer, está prevista para depois da Copa do Qatar. Isso se até lá, quando tiver 37 anos, Matyas não resolver dar um pulinho ali com a sua bike na sede de 2026, que será conhecida hoje. Destino Marrocos ? Ou destino Estados Unidos, México e Canadá?
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