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Após curso na CBF e visita ao Bétis, Marcos Assunção busca assumir cargo de Diretor de Futebol

07/06/2018 09h15

Para muitos, Marcos Assunção é sinônimo de bola parada. Considerado um dos principais cobradores de falta do futebol brasileiro, o ex-meia agora busca o mesmo respeito fora das quatro linhas. Desde que deixou os campos, Marcos tem estudado para se tornar diretor de futebol e assim seguir no esporte.

Já com diploma da Confederação Brasileira de Futebol, Marcos Assunção está ansioso para assumir seu primeiro clube na nova função. E assim como foi nos tempos de atleta, o eterno camisa 20, número que marcou bastante sua carreira, prega total organização e proximidade entre diretoria e elenco.

- Eu não levarei minha carreira com uma postura apenas de chefe. Sou uma pessoal séria que sempre primou pelo profissionalismo e disso eu não abrirei mão. Serei um executivo próximo aos jogadores porque sei que é importante que eles saibam que podem contar com o clube quando houver algum problema que possa atrapalhá-los dentro de campo. Essa liberdade de conversas deve existir. Não serei uma pessoa fria e nem um 'paizão'. Haverá momentos e momentos para cada forma de abordagem - disse Marcos.

Nos 13 clubes em que passou nos mais de 20 anos de carreira, Marcos Assunção percebeu o quão importante para o atleta é ter acesso ao corpo diretivo da equipe.

- Os executivos precisam aprender a querer saber o que se passa na vida do atleta. E muitas vezes isso não acontecia na minha época. Os jogadores precisam saber que podem confiar nos profissionais do clube e que eles estão lá para ajudar. Assim, o foco será apenas no jogo e o todos sairão ganhando com isso. Se eu perceber que as coisas não estão acontecendo, serei o primeiro a tomar a palavra e buscar uma solução.

Logo após receber seu diploma de Coordenador Técnico de Base, em curso com chancela da CBF, Marcos Assunção viajou à Espanha e passou alguns dias ao lado da diretoria do Bétis, clube que defendeu por cinco temporadas e é um dos ídolos mais recentes.

- Quando eu jogava lá o clube era de uma forma. Hoje mudou muito em termos de organização e profissionalismo. Atualmente as ideias melhoraram e o atleta tem total respaldo para se manter focado apenas em jogar futebol. O salto de estrutura foi de outro mundo. Trago na bagagem coisas boas para usar no meu dia a dia nessa nova função - contou o brasileiro.

A fama do futebol brasileiro de ser desorganizado não será um empecilho para Marcos Assunção. Metódico desde os tempos de jogador, o agora diretor quer, ao assumir um clube, organizar os trabalhos e fazer tudo de forma transparente.

- Me sinto preparado para ajudar e tenho estudado para melhorar ainda mais nessa nova área. Acredito que minha bagagem dos campos me dá uma boa base e agora preciso trabalhar de fato nos bastidores para garantir mais experiência. O futebol tem desorganização, mas a partir do momento que eu iniciar este trabalho eu farei de tudo para as coisas acontecerem da forma correta - completou Marcos Assunção.