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Tabu, trégua da torcida e paz a Roger: o que o clássico vale para o Verdão

02/06/2018 08h00

O clássico contra o São Paulo, às 21h deste sábado, no Allianz Parque, vale mais do que três pontos para o Palmeiras. Um tropeço colocaria fim em um tabu, na paz de Roger Machado e possivelmente na trégua que a Mancha Alviverde deu nas críticas à equipe e ao treinador recentemente.

O tabu

O Palmeiras venceu todos os jogos que fez contra o São Paulo desde a inauguração do Allianz Parque. São seis vitórias, com 18 gols marcados e apenas três sofridos. No Paulistão deste ano, a equipe teve uma de suas melhores atuações sob o comando de Roger Machado e ganhou por 2 a 0.

O tabu é motivo de orgulho dos palmeirenses, que se acostumaram a sofrer quando o clássico é disputado na casa do rival. No Morumbi, o tabu favorável ao São Paulo já dura 16 anos, com 24 jogos sem vitória alviverde.

Roger Machado sob pressão

A diretoria ainda não deu sinais de que pretende demitir Roger Machado em caso de tropeço neste sábado. Pelo contrário: recentemente, o diretor de futebol Alexandre Mattos foi até a sede da Mancha Alviverde ao lado do atacante Dudu para pedir um voto de confiança ao treinador.

A organizada parou de pedir a demissão dele, mas as críticas do restante da torcida e de vários conselheiros se intensificaram com a atual sequência de três partidas sem vencer (empate em casa com o América-MG, que valeu a classificação às quartas da Copa do Brasil, e derrotas para Sport, no Allianz Parque, e Cruzeiro, no Mineirão, que colocaram o time no 10º lugar do Brasileirão).

Os tropeços no Allianz Parque pesam contra o trabalho de Roger, que tem bons números no geral. No Brasileirão, o time empatou em casa com a Chapecoense (0 a 0) e perdeu para o Sport (3 a 2). Na Copa do Brasil, teve atuação fraca no jogo de volta contra o América (1 a 1). Sem falar, é claro, na perda do título paulista para o Corinthians após abrir vantagem em Itaquera.

A trégua da organizada

A derrota por 1 a 0 para o Corinthians, em Itaquera, pela quinta rodada do Brasileirão, fez a Mancha Alviverde iniciar uma campanha contra Roger Machado. A principal torcida uniformizada do clube chegou a divulgar que não pararia de protestar enquanto não houvesse a troca de comando.

Isso foi visto durante o jogo contra o Junior Barranquilla, pela Libertadores: a Mancha não cantou os nomes dos atletas antes da partida e entoou gritos como "Roger, c..., fora do Verdão" e "muito dinheiro para pouca obrigação". O cenário mudou após a reunião com Alexandre Mattos e Dudu, além de um outro encontro com lideranças do elenco na Academia.

Os torcedores toparam dar uma trégua nas críticas, algo que já foi visto na derrota para o Sport: cantaram o nome de todos os atletas e do próprio Roger antes do jogo. Não ficou descartado, porém, que eles voltem a pressionar se a equipe não demonstrar reação.