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De volta ao Vasco, Ramon se diz realizado e mira clássico com o Bota

01/06/2018 08h00

Os 25 minutos que ficou em campo na última quarta-feira, na vitória diante do Paraná, em São Januário, realizaram o lateral-esquerdo Ramon. O jogador não defendia a camisa do Vasco desde outubro do ano passado devido a um rompimento no ligamento do joelho direito. O carinho dos torcedores presentes no estádio fez com que o experiente atleta, de 30 anos, superar todas as adversidades e receios em que enfrentou.

- Voltar a ter o contato da torcida foi muito gratificante. Foi realmente difícil lidar com uma lesão como essa no momento que eu atravessava a melhor fase da minha carreira. Apesar de tudo, por incrível que pareça, esse período passou rápido. Retornei bem, sem sentir nada, que era o mais importante. Estamos sem jogadores fundamentais, atletas de nome, que dão peso para a equipe, mas soubemos superar isso. Contribuí um pouco com a minha experiência e isso me deixa bastante feliz - afirmou.

Ramon fez questão de lembrar do dia da cirurgia. O lateral-esquerdo do Vasco citou como estava o joelho após o procedimento que precisou ser submetido: deformado, com pontos e sangue. O jogador lembrou ainda a sensação do momento, declarando todo o amor que possui pelo Cruz-Maltino. Momentos que irão ficar mais do que marcados em suas memórias, sendo difíceis de esquecer pelo restante da vida.

- No dia seguinte da cirurgia, meu joelho estava deformado, parecia que eu não tinha mais músculo, que a perna estava atrofiada. Cheio de pontos, sangue... eu não conseguia levantar sem ajuda. Pensava se eu conseguiria correr novamente. Antes do aquecimento, ouvi a vibração da torcida. O Vasco é minha casa, parece que nasci para jogar aqui. Espero que seja em um nível alto. Espero retribuir o carinho - enfatizou.

Às 19h deste sábado, o Vasco recebe o Botafogo em São Januário, em mais um clássico válido pelo Campeonato Brasileiro. O técnico Zé Ricardo ainda irá conversar com o departamento médico para saber quantos minutos Ramon tem condições de ficar em campo. Ao ser questionado sobre uma resposta para essa pergunta, o lateral-esquerdo dosou a emoção com a razão de olho em ajudar da melhor forma o Vasco.

- Agindo com a emoção, se o Zé me perguntar, vou responder que quero jogar. Por outro lado, agindo com a razão, responderia que teríamos que analisar. Joguei 25 minutos e não tive desgaste, estou me sentindo muito bem. A ansiedade pode atrapalhar um pouco essa questão, mas o Zé é um cara muito sensato e consciente. Vamos conversar com o departamento médico para definir. Se eu me sentir apto, com certeza estarei em campo no sábado. Não podemos esquecer que também temos o Fabrício. É um grande jogador, um cara experiente, com totais condições de fazer uma grande partida - finalizou.