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CR7 escapou do aborto e nasceu com pé de jogador. Quem diz é a mãe dele

24/05/2018 07h30

Em 1984, na Ilha da Madeira, Dolores Aveiro já tinha três filhos e sofria com o fato de o marido ter voltado de uma guerra em Angola alcoólatra e afastado da família. Nessa condição, não gostou nada de descobrir que estava grávida. Tentou o aborto, não conseguiu, e quem saiu de seu ventre em 5 de fevereiro de 1985 foi Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. E o craque já nasceu com "pés de jogador de futebol", segundo palavras do médico que fez o parto.

- Quando ele nasceu, o médico examinou para ver se o bebê estava perfeito, olhou para os pés dele e disse: 'O bebê tem pés de jogador'. Mas nunca me passou pela cabeça nada disso. Sequer pensei que poderia ser o melhor do mundo - disse Dolores, sorrindo, ao LANCE!

A história relatada acima está no livro "Mãe Coragem", que conta a vida da mãe do CR7. Dolores veio ao Brasil nesta semana para lançar a publicação e inaugurar um restaurante que leva o seu nome em Gramado (RS). E, principalmente, em suas palavras, alertar as mulheres brasileiras para que não desistam de uma gravidez. Independentemente se vão gerar um jogador eleito o melhor do mundo cinco vezes ou não.

- Esse livro serve como um exemplo para as mães brasileiras. Quem tem coração, sente. O conselho que dou é que nunca devem fazer uma coisa dessas (tentar abortar) - falou Dolores, que sempre lidou abertamente com sua busca por evitar o nascimento de Cristiano Ronaldo, inclusive com receitas caseiras, como beber chás abortivos ou cerveja doce e correr. Mas, hoje, chama o atacante do Real Madrid de "luz da família".

- Era uma coisa que víamos, não era um segredo para nós. Quando minha mãe ficou grávida do Ronaldo, pensou: 'peraí, tenho três filhos, já é difícil criá-los, meu marido não pode mais ajudar, o que posso fazer com um quarto filho, o que vai ser da minha vida?!' Como ela, muitas mulheres interrompem a gravidez. Ela foi ao médico, muito aflita, e ele falou: 'você é nova, tem 30 anos e força para batalhar, é uma lutadora. Se cria três, vai criar quatro' E assim foi. Ela continuou com a gravidez, graças a Deus - comentou Katia Aveiro, irmã oito anos mais velha de CR7.

- Quando ela fala que ele veio para iluminar a nossa vida é porque vivemos muito seu sofrimento na gravidez. Foi uma batalha, ela teve de aceitar aquele filho, e nós, os três mais velhos, vimos isso de perto. Quando ele chegou, foi como um presente. Não é por ser o melhor do mundo ou um jogador famoso. Ele foi uma alegria para a nossa casa e até para o meu pai que, até então, se mantinha um pouco desligado. Criou união entre nós todos - relatou Katia.

CR7 lida bem com a história. Brinca com a mãe que ela tentou abortá-lo e, hoje, é ele quem sustenta a família. E acabou tendo sucesso na paixão dos Aveiro: seu pai era roupeiro, e seu irmão mais velho também era jogador. Até por isso, desconfia Katia, o médico falou de seus pés como uma forma de animar Dolores, que se tornou uma mãe coruja a ponto de desmaiar em jogos decisivos dele, ao mesmo tempo que admira sua intensa busca por títulos.

- Ele é assim. Há quem goste e há quem não goste dele, mas ele sempre dá a resposta dentro de campo. O Ronaldo tem tudo, mas quer sempre mais e trabalha para isso - defendeu Dolores, sem colocar, no entanto, a Copa do Mundo como uma pressão para o filho.

- Ainda não conversamos sobre Copa do Mundo. Mas é claro que estaremos sempre ao lado dele, apoiando até o fim. Não será fácil, porque todas as equipes também têm seu valor. Vamos esperar para ver. Mas, no sábado, acho que teremos sucesso - afirmou, falando da terceira final de seguida de Liga dos Campeões da Europa do filho, astro do Real Madrid contra o Liverpool.