Mudanças no estatuto da CBF voltam a ser pauta após eleição de Caboclo
Dentre os 40 clubes que participaram da votação que elegeu Rogério Caboclo como presidente da CBF para o próximo quadriênio, apenas três se opuseram a eleição do sucessor de Marco Polo Del Nero. Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, votou em branco, Celso Petraglia, representante do Atlético-PR se ausentou e o Flamengo se absteve.
Após a votação, o presidente do Vasco, Alexandre Campello também se mostrou contrário ao sistema imposto na eleição, alegando que o peso 3 dos votos das federações tira o poder o púlpito.
- A eleição foi quase unânime. Penso que esse peso dado à federação tira muito poder do púlpito. Nessa eleição, cada federação tem três votos que contam como peso 3. Ainda que todos os outros 40 miúdos tivessem uma posição contrária, a eleição seria dada a uma chapa através dos votos da federação.
O mandatário cruz-maltino defende que a participação dos clubes na eleição deveria ser revista, já que o espetáculo nos estádios é proporcionados pelos times que disputam a bola em campo e afirma que os representantes dos clubes não concordam com as alterações no estatuto promovidas pela CBF em 2017, que deu ainda mais poder às federações estaduais.
- No meu modo de ver, deveria existir um equilíbrio maior em que os clubes de futebol tivessem um peso maior nessa votação, porque afinal de contas, são os clubes que promovem o espetáculo. A gente pode divergir do estatuto, mas está de acordo e alinhando com a forma com a qual ele está sendo conduzido. Sou favorável à condução correta, não concordo com o peso dado na eleição é isso deve ser fruto de discussão.
Após a apuração das urnas, o diretor executivo de gestão Marcelo Aro comemorou a eleição do presidente da Federação Mineira de Futebol, Castellar Guimarães, mencionando a importância que o cargo ocupado representa para o estado de Minas Gerais e mostrou apoio à Rogério Caboclo.
- Deu 17 clubes da Série A e 20 da Série B. Ficou de bom tamanho! Rogério eleito presidente e Minas Gerais também contemplada na vice-presidência através do presidente da federação Castellar Guimarães. É uma vitória não só para o Brasil, mas sobretudo para o estado de Minas Gerais. O Rogério é um homem de desafio, sempre aceitou essas oportunidades que surgiram para ele. Cumpriu todas de maneira muito bem feita, então estamos confiantes em seu trabalho.
Questionado sobre o envolvimento de Del Nero no escândalo de corrupção envolvendo a CBF, Marcelo Aro, que é autor do Código de Ética da entidade, evitou dar espaço para a polêmica envolvendo o atual presidente afastado e justificou o direito de defesa do mesmo como cidadão comum.
- Se um presidente está respondendo em todas as instâncias, ele tem o direito de se defender como qualquer outro cidadão comum. Então fica para todos nós diretores e funcionários da CBF a torcida para que ele consiga dar resposta para aqueles que o questionam e seguir em frente. A vida continua. CBF continua. É uma instituição maior do que todos e hoje de maneira especial, com a eleição do Rogério para presidente - finalizou.
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