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Diego Souza explica função de 9 no SP: quem mais ajuda o time a fazer gols

Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

22/03/2018 07h30

Na terça-feira, Diego Souza, enfim, foi herói no São Paulo, e atuando na posição em que mais rendeu, como meia chegando à área, para aparecer livre e de surpresa cabeceando nas redes do São Caetano, sentenciando a vaga do time nas semifinais do Campeonato Paulista. Mas o camisa 9, que tanto vem sendo criticado como centroavante, tenta defender a função de referência no ataque.

"Do jeito que jogamos, o camisa 9 não é o principal centroavante para fazer os gols, mas quem mais vai ajudar a equipe a fazer gols, porque joga bem isolado, sempre segurando as bolas e preparando ou abrindo espaço para quem vem de trás. As pessoas veem o futebol de uma maneira bem complicada, comparam bastante nossa maneira de jogar com a de outras equipes. Não é assim", argumentou.

Mas Diego Souza, nos 15 jogos que fez pelo clube, rendeu mais sendo exatamente um desses jogadores chegando de trás. Contra o São Caetano, quando Lucas Fernandes cruzou, Tréllez, o centroavante em campo, enganou a marcação e Diego foi avançando sem marcação até se aproximar da marca do pênalti, de onde saltou para testar a bola nas redes.

Em sua apresentação no clube, o técnico Diego Aguirre disse que ajustaria o posicionamento de Diego Souza de acordo com o nível apresentado pelo jogador. E o clube já se movimentou para fazer o camisa 9 lidar com sua provável ausência na Copa do Mundo - ele foi contratado por cerca de R$ 10 milhões e não escondeu que tinha como um dos objetivos no São Paulo chamar atenção de Tite, que só o usou na Seleção como centroavante.

"Tem muita coisa para acontecer. Vamos focar aqui, que é onde aparecem os frutos do meu trabalho para dar resultado. Já precisamos trabalhar e manter o foco nos próximos jogos. Depois, vemos o que vai acontecer", comentou Diego Souza, negando que tirou qualquer peso das costas na terça-feira, apesar da comemoração do gol ter parecido um desabafo, arrancando e mostrando sua camisa 9.

"Não foi um desabafo, não sinto peso nenhum. Foi só uma comemoração. Fiquei feliz por ter classificado o time para a próxima fase. A gente sabe que tem sido complicado, difícil, os jogos têm sido bem puxados. Tive felicidade de entrar e ajudar, mas sem desabafo nenhum. Trabalhamos e o resultado aparece", discursou.