Diego diz que 2018 é um dos anos mais importantes da carreira
O ano de 2018 ainda está no começo, mas vai ficar, certamente, para sempre na memória do meia Diego. O camisa 10 do Flamengo, de 33 anos, vive um momento decisivo na carreira. Afinal de contas, além dos importantes compromissos e cobranças que enfrentará pelo Rubro-Negro (são quatro competições como Libertadores e Brasileiro), o jogador terá, talvez, a última chance de disputar uma Copa do Mundo.
Em entrevista exclusiva ao L!, que durou cerca de 40 minutos, no Ninho do Urubu, Diego falou sobre tudo. Declarou estar vivendo um dos melhores momentos físicos e técnicos. Por conta disso, esbanjou confiança diante dos desafios que terá pela frente. Por tudo que cerca o jogador, foi taxativo ao ser questionado sobre o significado que o ano pode ter para ele:
"A atual temporada é uma das mais importantes da minha carreira. O futebol é assim, cada temporada que começa, enquanto você tiver em alto rendimento, você vai ter esse desafio de fazer a temporada ser a mais importante. É a expectativa. Chegar aos 33 anos com esse cenário positivo e, ao mesmo tempo, desafiador é um privilégio. Aos meus 16 anos o desafio era deixar de ser uma revelação para se tornar realidade. Depois, alcançar o patamar acima, novos clubes, desafios e até chegar a essa temporada. Todo esse trajeto me coloca nessa posição de disputar uma vaga para a Copa do Mundo, estar num clube onde as expectativas são gigantes, então é sim uma das temporadas mais importantes da minha vida. É prazeroso".
O que vem a sua cabeça ao pensar nesse um ano e sete meses em que você está aqui no Flamengo?
Muitos pensamentos e sentimentos positivos, mas, acima de tudo, a realização de um sonho. Foi tudo muito intenso desde a minha chegada aqui no Flamengo. Então vem um grande sentimento desta realização de um sonho e de gratidão por tudo que vem acontecendo, como fui recebido, por todo o respeito e carinho que eu recebo até hoje. Obviamente, não foram só flores durante esse 1 ano e sete meses, mas, sem dúvidas, que foram muito mais momentos positivos do que negativos. Então, o sentimento é de alegria e satisfação.
Quando começou o desejo de atuar pelo Flamengo?
Veio com a minha carreira. Depois que comecei a jogar no profissional, mas já nas categorias de base, quando enfrentava o Flamengo. Nós ficávamos alojados em escolas mesmo para disputar torneios das categorias de base e quando chegava o Flamengo, as cores da camisa, sempre tinha torcida, mesmo sendo base e depois no profissional, comecei a ter amigos que jogavam aqui, passei a acompanhar os jogos, a repercussão dos títulos, do Maracanã cheio... Tudo isso foi aumentando essa vontade dentro de mim, até que chegou a um ponto que eu falei: "Se eu tiver que voltar para o Brasil, gostaria de jogar no Flamengo." Isso foi aumentando e chegou o momento em que se concretizou. Foi um processo que aumentou esse desejo.
Seu nome já foi especulado no Flamengo antes de, finalmente, fechar com o clube. Quantas vezes, de fato, o Rubro-Negro tentou sua contratação até que fosse concretizada?
Quase todas as janelas, principalmente nos últimos seis ou sete anos de Europa, tinham procura de clubes brasileiros. Entre eles, o Flamengo estava muitas vezes. Mas, de forma mais concreta, foram duas vezes em que sentou na mesa com dirigentes, se tentou chegar a um acordo, mas o que mais pesava nessa altura era o fato de eu estar vinculado a outro clube e a operação se tornava muito cara. Isso acabava impedindo a concretização.
Acredita que, mesmo não dando certo as tentativas anteriores, você acabou chegando no clube em um momento melhor?
Acredito que sim. O Flamengo carrega essa responsabilidade. Junto com essa camisa vem a cobrança, é proporcional ao reconhecimento que você tem. Esses 12 anos lá fora me ajudaram muito para evoluir como jogador e como pessoa, e me prepararam para enfrentar todo esse momento que eu tenho vivido. Também, pelo momento que o clube vive, sabemos que todos os jogadores dependem da equipe, da estrutura e existe hoje em dia no Flamengo, o que dá mais prazer de trabalhar nesse clube.
O ano de 2017 foi de muita cobrança e crítica ao clube e ao elenco devido aos resultados. Por tudo o que você e seus companheiros passaram, acredita que estão mais cascudos e preparados para a pressão que terão pela frente?
O time está mais preparado. Uma coisa é fato: a expectativa cresce, a atenção dos adversários também. Isso é natural. Fizemos um ano passado bom, poderia ter sido sensacional se tivéssemos vencido a Copa do Brasil e a Sul-Americana. Mas vale lembrar a dificuldade que é chegar nas finais desses torneios, já sendo campeão estadual no início do ano e fazendo um Campeonato Brasileiro entre os classificados para a Libertadores. No geral, nós conseguimos fazer frente em todos os torneios, tirando a frustração da Libertadores de não termos nos classificado.
Então, a equipe fez muitas coisas boas e temos que estar atentos para nosso ponto de partida ser de onde nós paramos, não deixar que algumas decepções façam com que a gente volte do zero. Sabendo fazer isso, e até agora a equipe tem feito, vai levar a experiência e a maturidade que adquiriu com tudo que aconteceu em 2017. Vejo sim a equipe mais madura, mais consciente do que tem que fazer.
Você subiu muito jovem no Santos e logo destacou-se. A cobrança veio da mesma for. Consegue fazer um paralelo com a situação do Vinicius Júnior?
Eu acho que não dá para qualquer comparação, independente do jogador que seja. São momentos diferentes, equipes diferentes... O que acontece, claro, é você aproveitar ou não as oportunidades. Falo isso porque eu tinha 16 anos quando subi para o profissional e o Santos vivia um momento financeiro muito complicado e uma seca de títulos. Eu subi pela minha qualidade, o Celso Roth tomou essa decisão e aproveitei a oportunidade. Eu fiquei pouco tempo na reserva. Subi, participei de alguns jogos e já me tornei titular e de lá para cá só vieram coisas boas, apesar de muita cobrança já naquela época. Ficam marcados os bons momentos, mas já tinha uma cobrança gigante. Torcida levava faixa protestando porque falavam que ia para a Europa. Diziam (os torcedores) que eu só pensava em dinheiro. Com 17 anos, fui campeão brasileiro, campeão da Copa América pela seleção, fui para o Porto com 19 anos e fui campeão mundial, depois outra Copa América... Muitos títulos. Esse meu começo de carreira eu pouco pensava na minha idade. A oportunidade estava ali e eu tinha que aproveitar. Graças a Deus eu consegui.
O Vinicius está vivendo da forma que deve ser, de forma natural, está crescendo e se tornando cada vez mais importante para a nossa equipe. Eu vejo que ele está fazendo o que deve ser feito. Está procurando jogar cada vez mais à vontade e evoluir. Isso é o mais importante. O que eu falei: as oportunidades aparecem e você tem que procurar aproveitar da melhor forma possível. Eu vejo que ele está seguindo um caminho vitorioso. Se vai se consagrar daqui a um, dois, três anos, eu não sei, mas ele está no caminho certo.
Mas, por ter vivido essa experiência, você procura dar alguns toques para esses garotos que estão vindo das categorias de base, como Lincoln e Paquetá?
Procuro muito. Eu acho que não teria grupo melhor para esses jogadores subirem e participarem do que vivemos agora. Não só por mim, existem outros jogadores experientes no elenco, e a vaidade é zero. Queremos o bem deles. Temos os nossos erros também. Eu, por exemplo, consigo tirar coisas boas vendo o Vinicius jogar. Alegria, ousadia, esse prazer de estar ali, uma certa irresponsabilidade saudável que eu falo. São coisas que você pode perder com o tempo, mas vendo esse moleque jogando, inevitavelmente, você volta no tempo. Hoje estou com 33 anos, eu lembro do meu começo e é algo motivador, algo que me faz bem. Mas dentro daquilo que eu sei eu procuro passar para eles e está sendo bem aceito, eu acredito. De alguma forma a gente está colaborando. São garotos mas a gente sabe que eles já têm uma bagagem, apesar da pouca idade. Seleção de base, jogam no Flamengo, é um clube diferente neste aspecto. Para jogar aqui, realmente tem que ter uma personalidade acima da média. O que eu posso fazer para passar as experiências que eu vivi eu faço com o maior prazer.
Recentemente, Carpegiani disse que havia uma cobrança exagerada sobre o time. Você concorda?
A cobrança é muito grande, mas não é novidade. Se tratando do Flamengo, tudo tem a mesma proporção, tanto o momento bom quanto o momento ruim. Acredito que nós temos que estar preparados para enfrentar, mas é uma posição que conquistamos. Hoje, o Flamengo tem uma responsabilidade. Qualquer clássico aqui no Rio de Janeiro, independente do momento do time, é sempre muito difícil. Mas nós temos praticamente toda responsabilidade e cobrança do nosso lado.
Foi algo que o clube conquistou pelo momento que vive, pela estrutura, pelo o que a diretoria vem fazendo nos últimos anos. Então nós somos vistos de forma diferente. A cobrança em cima do clube e a expectativa são gigantescas, mas, dentro de campo, isso não vai fazer diferença nenhuma. Ou a gente batalha e luta para alcançar nossos objetivos ou nada vai acontecer. Até agora a gente tem feito. Um início de ano excelente e temos que nós adaptar à cobrança.
Dentro de todas as circunstâncias, inclusive os erros de arbitragem na Libertadores, qual a importância dessa vitória sobre o Emelec, no Equador, para essa sequência de jogos decisivos?
Foi um momento em que a equipe foi colocada à prova e se superou. Isso traz confiança, maturidade para o elenco e foi dessa forma que nós nos sentimos. Tudo que nós superamos, desde o primeiro jogo (com problemas de arbitragem), sair atrás do placar no segundo estando melhor na partida e recuperar o resultado, tudo isso foi um passo à frente que nós demos. Só neste tipo de situação que você consegue ter esse desafio e a equipe foi aprovada. Temos que usar isso a nosso favor, temos um caminho longo pela frente mas, com certeza, a equipe deu um passo importante, subiu um degrau em todos aspectos, na minha opinião, e eu fiquei muito feliz por isso.
Você atuou durante 12 anos na Europa. Quando retornou ao Brasil, qual aspecto positivo te chamou mais atenção?
Positivo foi a profissionalização das equipes. Hoje as equipes se incomodam ao serem comparadas com outras com melhores estruturas. Isso faz com que todos evoluam, queiram um CT em condições, querendo pagar em dia... Antes parece que não tinha tanto essa preocupação. A equipe, a diretoria não tinha tanta vergonha de falar que a estrutura era ruim e estava tudo atrasado. Hoje em dia, o normal é você ter um clube estabilizado. Isso foi muito bacana do que eu notei.
E o negativo?
Negativo continua sendo o que sempre foi no futebol brasileiro, que é o calendário. Isso aí é algo que é desumano na minha opinião, e todos perdem. Perde o jogador, perde quem assiste, por que não é possível manter o alto nível e o alto rendimento, como deveria, e no final todos nós perdemos. É uma situação que não sei exatamente como solucionar, se pensando num todo porque seria fácil pensar nas grandes equipes da Série A, mas pensando num todo, eu não sei como solucionar isso. É um país grande, viagens muito longas, é algo que no futebol brasileiro é bem prejudicial.
O Flamengo tem a possibilidade de vencer a Taça Rio e conseguir uma folga no calendário. É com esse objetivo que vocês vão para essa semifinal contra o Flu?
É a responsabilidade que eu vinha falando. No Carioca, temos a obrigação de vencer, por mais que algumas pessoas falem que o foco está na classificação da Libertadores, nós carregamos essa expectativa de vencer. É um torneio que está longe do nível de uma Libertadores, mas quando coloca-se duas equipes para competir vai gerar uma dificuldade, por vários fatores. Por isso, quando entramos nós entramos para vencer e, sem dúvida, temos que estar preparados.
É muito válido, isso nos daria um período de descanso e preparação e por isso nós vamos com tudo. Vamos com essa responsabilidade e conquistando esse título seria algo positivo. Devido ao regulamento, não sei até que ponto esse título vale ou não vale, mas nosso objetivo é entrar e vencer.
Como está sendo esse início de trabalho com o Carpegiani? Mudou muito a sua forma de atuar em relação a 2017?
Mudou um pouco. É inevitável, cada treinador tem seu pensamento e filosofia e nós, jogadores, temos que nos adaptar a isso o quanto antes. Mudou meu posicionamento um pouco, mas estou muito à vontade. Para o jogador é importante se sentir participativo e isso é o que tenho sentido neste momento. O Paulo conversou comigo, foi uma visão dele em relação à mudança tática da equipe. Me sinto bem e acredito que continuo sendo importante para o time.
Você atuou nos principais centros europeus. Onde mais evoluiu?
Não é querer fazer média, mas eu fui aprendendo em cada país que passei. Onde mais eu evolui foi na Alemanha, foi o país em que eu fiquei quase seis anos, em nenhum outro eu fiquei esse tempo, então foi onde mais evolui como pessoa e profissional.
É claro, desde que cheguei a Portugal, foi aquele choque no primeiro momento por estar no futebol europeu. A partir dali começou meu aprendizado, passei pelo Atlético de Madrid, peguei um treinador acima da média, que foi o Simeone, que me ensinou muito. Na Turquia foi onde vivi aquela paixão que é ao extremo em relação ao futebol e faz com que você ganhe uma maturidade.
O técnico que mais lhe acrescentou, então, foi o Diego Simeone?
Dos treinadores que eu tive na Europa, o Simeone junto com o Thomas Schaff foram os dois que mais me agregaram. Um principalmente pelo lado humano, além de ser um excelente treinador, que foi o Schaff. Eu voltei do Porto, vinha de três meses conturbados, não estava jogando e cheguei lá e o cara corria do meu lado todo dia, às 7h da manhã, controlando meu batimento cardíaco. Me perguntava como eu estava, como eu gostava de jogar... Fez isso por todo o período que estive lá. Um acompanhamento que me surpreendeu e me ajudou muito.
Depois, o Simeone, mais profissionalmente. É um cara que entende muito, me fez evoluir, me mudou de posição e que me fez enxergar o futebol de outra forma. Ele fez eu aproveitar o melhor das minhas características. E características que eu nem sabia que tinha. Então isso faz com que você evolua, sem dúvida nenhuma. Esses dois treinadores mais me marcaram.
Algum arrependimento?
Não me arrependo de nada. Faria exatamente como eu fiz, mas é claro, o período na Juventus foi aquele próximo passo... Eu sonhei e almejei tudo que eu vivi, e até hoje, dentro dos objetivos e sonhos que tive, o único que não alcancei foi o de disputar uma Copa do Mundo.
A expectativa na época da Juventus era de que fôssemos campeões italianos, brigássemos pelo título da Champions, pelo o que investiu e pelo elenco que tínhamos no momento. Mas, junto com o investimento, veio um risco muito grande, e nós não alcançamos o nosso objetivo. É o que eu penso. Se tivesse acontecido como nós planejamos, talvez teria sido um ápice da minha carreira.
Mas eu sabia desse risco, foi uma decisão minha aceitar o desafio, tinham outros clubes gigantes interessados e eu decidi ir para lá, viver esse sonho, então é um único momento. Mas arrependimento, sinceramente, eu não tenho. Vivi o que quis e corri os riscos que quis. Em nenhum momento decidi pelo dinheiro, tive outras opções financeiramente melhores, e eu segui minha vontade e não me arrependo. Gostaria que alguns momentos tivessem acontecido de forma diferente, mas isso fez com que eu evoluísse de alguma forma.
Tite não o levou para os dois amistosos do Brasil. Como você viu essa ausência? A Copa do Mundo, para você, já começou?
Eu estava na expectativa, mas, ao mesmo tempo, sei bem o que posso fazer, o que o Tite espera de mim e das palavras que ele disse quando estive lá presente. Continuo muito focado, com certeza eu já fiz essa reavaliação. Onde posso melhorar, o que fazer diferente para ficar no momento mais positivo possível. Eu sei que esse reconhecimento da Seleção passa diretamente pelo Flamengo. Tenho procurado viver um jogo de cada vez. O objetivo é vencer, participando dos jogos, mantendo o nível e assim vou estar preparado para corresponder ao que o Tite espera de mim. Esse é meu pensamento.
Acredita que o meio de campo é o setor mais concorrido para a lista final do Tite?
Acredito que sim. Vai depender um pouco do esquema tático que ele adotar, características dos jogadores que ele pensa em escalar... A Seleção Brasileira é a mais concorrida do mundo. Isso é inevitável. São opções, características diferentes de cada jogador. A concorrência é grande, o Tite, mais ou menos, já deixou claro os nomes que estão lutando por essa vaga. Cabe a nós fazer o melhor. A disputa é grande.
O que você adotou nos seus hábitos por viver no Rio de Janeiro?
Principalmente a praia. Para mim é uma terapia natural. Ter essa possibilidade é incrível. As praias do Rio são paradisíacas. É uma cidade privilegiada. Ter essa facilidade de acesso está sendo muito legal, além do estilo de vida do carioca, mais simples, me agrada. Pessoal gosta de conversar, tudo isso é muito bacana. Estou muito feliz e tenho aproveitado o que a cidade tem a oferecer.
Por outro lado, existe a violência...
Preocupa. O sentimento, às vezes, é de dó se tratando do Rio de Janeiro. Ver uma cidade como essa e sentir que está bem vulnerável em alguns momentos. Para todo cidadão é algo de se pensar. Vamos criando hábitos que nos fazem viver em certo estado de alerta. Eu e minha família nunca deixamos de fazer o que tivemos vontade por esse tipo de problema, mas continuo esperançoso. O povo brasileiro quer e merece uma condição melhor. Eu, particularmente no meu mundo, com as pessoas ao meu redor, procuro de alguma forma ajudar para que isso aconteça.
Para a gente encerrar: qual o recado você gostaria de deixar para a torcedor do Flamengo, sobretudo aquele mais desconfiado?
Tem que acreditar no nosso elenco, porque nós constantemente buscamos a melhora e a vitória. É uma equipe que não se contenta com pouco. Estamos aqui, sabemos da oportunidade que temos e nós, em primeiro lugar, queremos vencer, retribuir o carinho que nos dão e corresponder às expectativas. Isso é uma obrigação entre nós: buscar o melhor, as vitórias, a evolução e aproveitar da melhor forma o momento que estamos vivendo com essa camisa.
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