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São Paulo tem indefinição contra setor mais forte de rival no clássico

26/01/2018 07h30

O Corinthians tem na dobradinha feita pela direita, com o lateral Fagner e o atacante Romero, o seu setor mais forte. E a principal indefinição de Dorival Júnior para escalar o São Paulo no clássico deste sábado, no Pacaembu, é quem será escolhido para atuar aberto pela esquerda no ataque e ajudar Edimar a atrapalhar a dupla adversária.

A explicação para a dúvida passa por Cueva. O peruano seria o dono da posição, mas vem acumulando problemas e polêmicas em 2018. Apresentou-se após as férias seis dias após a data que deveria, atrasando sua busca por melhor condição física, e não gostou de saber que seria reserva contra o Mirassol, pedindo para não ser relacionado para a partida de quarta-feira.

O camisa 10 já pediu desculpas, embora ressalte que não quer ficar no banco. Mas a indisposição criada é tão grande que as possibilidades de Cueva ser levado para o Majestoso são mínimas. Com isso, as opções mais prováveis para Dorival usar aberto pela esquerda são Brenner, Lucas Fernandes e Júnior Tavares. E nenhum deles agradou na função.

Lateral-esquerdo na base, Júnior Tavares será mais usado em 2018 na linha de armação ou no ataque mesmo. É a forma que o treinador encontrou para explorar sua ofensividade. Mas a primeira chance do jogador na posição como titular, em meio a um time repleto de garotos na primeira rodada do Campeonato Paulista, foi só decepção. Júnior acumulou erros e acabou sendo um dos piores em campo na derrota por 2 a 0 para o São Bento, em Sorocaba.

No último sábado, na primeira vez em que o técnico usou seus principais jogadores, Lucas Fernandes ganhou a oportunidade. Mas mostrou pouca ambição, insistindo em passes para trás até ser substituído por Cueva, já no segundo tempo do 0 a 0 diante do Novorizontino, no Morumbi. Lucas Fernandes agradou mesmo atuando em sua posição, distribuindo jogo ao entrar na vitória sobre o Mirassol, na quarta-feira.

Em Mirassol, Dorival testou uma terceira alternativa pela esquerda. Escolheu Brenner, que vinha sendo usado como centroavante, para ter Diego Souza como referência. Mas o garoto pouco apareceu em campo. Caíque, que entrou no seu lugar ao longo da partida, deu nova vida ofensiva ao Tricolor, mas pesa contra o jogador de 19 anos nunca ter sido titular e ter encontrado um rival completamente retrancado, postura improvável do adversário deste sábado.

Para complicar ainda mais a decisão de Dorival Júnior, ele terá somente o treino desta sexta-feira para definir a equipe, já que a quinta foi usada como recuperação física para os titulares. Com base na análise do que conseguiu trabalhar na pré-temporada, deve concluir a melhor opção para barrar o setor mais forte do arquirrival.