Mesmo com dificuldades, Fla foca em reforços apenas do mercado externo
O Flamengo não fechou os olhos para o mercado. Porém, dentro do clube, a ideia é de contratar apenas jogadores que cheguem para brigar por posição ou serem titulares do elenco. Ou seja, o clube monitora diversos nomes, mas todos que atuem no mercado externo, principalmente na Europa, fechando os olhos, por ora, para reforços no Brasil. Depois da negativa do Bordeaux (FRA), para liberar Pablo, o clube carioca agora procura atletas da posição que venham para somar. Se não conseguir nenhum nome de "nível mais alto", como é tratado o assunto na Gávea, a equipe vai apostar na base já existente.
Nas diversas reuniões da diretoria de futebol rubro-negra, é de consentimento a dificuldade de contratar jogadores nesta janela de transferências, devido aos altos valores pedidos pelo mercado exterior, em especial dos clubes europeus. De qualquer forma, o planejamento traçado é de contratar nomes cobiçados no Brasil, como foram os casos de Rhodolfo, Rômulo, Everton Ribeiro, Diego e Geuvânio. Os cinco são vistos como exemplo do modelo de gestão, independente dos custos que geram cada transação. Pablo, por exemplo, se encaixava nesse perfil.
A bola da vez é o volante Walace. O empresário do atleta, Rogério Braun, e a cúpula de futebol rubro-negra mantém a esperança que o acerto aconteça ainda nesta terça-feira. As conversas foram estagnadas no final de semana, porque o Hamburgo - que vive péssima situação na Bundesliga - tinha um importante jogo o sábado. O clube foi derrotado pelo Colônia e o treinador Markus Gisdol demitido. De qualquer maneira, as partes envolvidas acreditam que a mudança na comissão técnica não será empecilho.
Por enquanto, o Flamengo esbarra nos valores pedidos para contar com Walace. O Hamburgo não abre mão de recuperar uma boa parte dos 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 39 milhões, na cotação atual), números considerados altos pela diretoria rubro-negra. A tendência é que o agente, em nome do Fla, consiga finalizar um empréstimo até o fim do ano ou até o meio da próxima temporada. Para isso, o rubro-negro se dispõe a pagar uma certa quantia pelo jogador.
A diretoria do Flamengo segue evitando falar abertamente sobre contratações e nomes que estão na mira. Porém, o diretor-executivo do time carioca, Rodrigo Caetano, ressaltou a dificuldade do que o mercado impõe nesta janela de transferências. Na opinião deles, a janela de junho costuma ser mais generosa para as movimentações mais intensas do mercado.
"Na Europa os campeonatos estão no meio e aí fica mais difícil trazer jogadores ou acertar a saída deles de cada clube. Nossos maiores reforços recentes foram em junho, senão todos eles seriam quase impossíveis de contratar. Vamos seguir atentos ao mercado", explicou.
Até agora, o Flamengo contratou apenas, por empréstimo de um ano, o atacante colombiano Marlos Moreno. O jogador, que pertence ao Manchester City (ING), se enquadra na ideia pregada pela diretoria de se reforçar com peças de fora do Brasil, que eleva o nível de ativos de competitividade do elenco rubro-negro.
Por fim, caso não consiga acertar com defensores e um centroavante, grandes prioridade para Paulo Cesar Carpegiani e para cúpula de futebol, os atletas das categorias de base são vistos com muito bons olhos. Contudo, mesmo querendo mesclar grandes nomes com jovens promessas, a direção entende a dificuldade que pode encontrar em jogar uma Copa Libertadores com alguns garotos no elenco.
Entre eles, apenas Lucas Paquetá, Felipe Vizeu e Vinícius Júnior já são vistos como realidade. Outros garotos com o Ronaldo, Lincoln e Léo Duarte devem ter mais chances, porém com certa calma para não haver qualquer tipo de equívoco.
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