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Marin pede revisão de condenação e novo julgamento, diz site

23/01/2018 01h44

Condenado por seis crimes nos Estados Unidos, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin pediu, de acordo com o site Buzzfeed nesta segunda-feira, que sua condenação seja revista. Caso o recurso seja negado, a defesa do dirigente ainda pretende solicitar um novo julgamento. Ele está preso em Nova York.

A defesa de Marin alega que a promotoria do caso não conseguiu provar a relação do dirigente com as empresas de marketing esportivo, que admitiram ter conseguido contratos de transmissões de competições importantes através do pagamento de propina. Assim, as acusações não seriam válidas. A alegação dos advogados vão além e também questionam as escutas telefônicas e documentos apreendidos em um cofre de Kleber Leite, ex-presidente do Flamengo e dono da Klefer.

Outra tentativa da defesa do dirigente é o pedido para a realização de um novo julgamento, caso não tenha sucesso no pedido da revisão. Desta forma, os advogados vão alegar que as leis brasileiras são mais brandas em relação a propinas e comissões indevidas. A juíza do caso, Pamela Chen, no entanto, já rejeitou esse argumento anteriormente no julgamento.

O ex-dirigente foi considerado culpado em seis dos sete crimes nos quais foi enquadrado. Ou seja, ele foi responsabilizado por três crimes de fraude - nos esquemas da Copa América, Libertadores e Copa do Brasil -, dois de lavagem de dinheiro - Copa América e Libertadores - e por integrar uma organização criminosa dentro do futebol, que se espalhou pelas Américas do Sul, Central e do Norte.

A única acusação pela qual o dirigente foi inocentado é a de lavagem de dinheiro no esquema da Copa do Brasil. Marin foi acusado de receber US$ 6,5 milhões em propinas durante o período que passou na CBF - entre 2012 e 2015 - e fez parte do círculo da Conmebol, substituindo Ricardo Teixeira. A juíza Pamela Chen vai divulgar a sentença do caso no dia 4 de abril.

Aos 85 anos, Marin está preso desde o fatídico 27 de maio de 2015, quando foi capturado na Suíça, assim como outros dirigentes. Desde que foi transferido para os Estados Unidos, o brasileiro ficou em prisão domiciliar na Trump Tower, um dos endereços mais valorizados de Nova York.