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Del Nero reduz blindagem e até brinca sobre ausência em viagens: 'Se for e perder, vão dizer que sou pé frio'

24/10/2017 12h31

Depois de falar por menos de dois minutos na abertura do Simpósio de Educação Continuada da Comissão Nacional de Médicos de Futebol, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, aceitou conversar por mais 8 minutos com alguns veículos que estavam no evento, entre eles o LANCE!. O dirigente, aos poucos, vai deixando o isolamento que começou desde o surgimento das acusações de corrupção envolvendo os dirigentes da América do Sul e até já brinca com o fato de não estar viajando para acompanhar os jogos da Seleção Brasileira no exterior.

- Está tão bom comigo aqui e o Brasil ganhando, estou pensando se devo ir (à Copa do Mundo). Se eu for e o Brasil perder, vão dizer que sou pé frio. Mas estou avaliando, sim. Todo dia fazemos uma avaliação da nossa vida, do nosso trabalho, das relações - disse Marco Polo Del Nero, que negou a informação dada pelo jornalista Juca Kfouri, do UOL, sobre a busca por um passaporte diplomático para viajar mais tranquilo ao Mundial:

- Mentira. Não existe isso. Não pedi passaporte em lugar nenhum. Tenho o meu passaporte, que está em ordem. Isso é folclore.

No comando da CBF desde abril de 2015, Del Nero concorda quando indagado se estava em uma fase mais tranquila do que a dos últimos meses.

- Sempre estive (tranquilo). Quando alguém fala alguma coisa de você, você fica abatido, magoado. Mas logo você levanta, porque não tem nada a temer. Vamos viver melhor. No Brasil, isso um dia vai ser melhor - comentou o presidente da CBF, que ainda exaltou a administração:

- O dia-dia nos dá o prazer de viver, o prazer de ter uma administração de altíssimo nível. As escolhas acertadas dos diretores, essa maneira de trabalhar de conversar muito todo dia. Um diretor não está caminhando sozinho. Além de dar palpite no departamento de outro, ele sabe que não está caminhando sozinho. A CBF cresce na administração, é isso que está ocorrendo.

Em 2018, haverá nova eleição. Del Nero é favorito e não deve nem ter opositor. Mas ele garante que nem está pensando nisso ainda.

- Tem muita água para rolar ainda. Não estamos pensando em reeleição. Estamos pensando em em fazer o melhor. A reeleição é consequência, que pode acontecer ou não - assegurou.

Nessa faceta um pouco mais aberta ao contato com a imprensa, Marco Polo ainda foi perguntado sobre o julgamento do ex-presidente José Maria Marin, que está em prisão domiciliar nos Estados Unidos.

- Estamos torcendo que ele tenha sucesso, que as coisas ocorram da melhor forma possível e que a Justiça seja feita - sacramentou ele, que só se mostrou um pouco incomodado diante da indagação se o veredito de Marin iria "resolver" a situação do atual presidente da CBF:

- É um assunto pessoal, que não vou tratar aqui. São coisas mais sérias, que vamos tratar no momento apropriado e mostrar toda a verdade. Posso dizer que estou tranquilo.