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Santos de 2017 muda estilo em relação a time campeão da Libertadores

20/09/2017 08h00

Esqueça o lema "ousadia e alegria", pagode em alto som no vestiário ou comemorações com gestos diferentes. Assim como em 2011, é possível ver que o Santos tem chances de ir longe na Libertadores (decide as quartas de final contra o Barcelona de Guayaquil nesta quarta-feira, na Vila Belmiro) , mas o estilo do Peixe atual é bem diferente do que reinava seis anos atrás.

O Peixe comandado por Levir Culpi a capitaneado por Ricardo Oliveira adota postura cautelosa, de pouca festa, preferindo ficar longe das provocações dos adversários. Na última semana, a "cutucada" veio do Barcelona de Guayaquil.

O vice-presidente do clube equatoriano chegou a afirmar que o comportamento do Peixe em campo se assemelhou ao de um time inferior local. Quando questionado a respeito, o zagueiro David Braz preferiu não cair na pilha. O mesmo aconteceu em 2015, quando os jogadores do Palmeiras usaram máscaras com o rosto de Ricardo Oliveira para provocar os santistas após o título da Copa do Brasil. Não foram respondidos.

Em 2011, Neymar foi provocado pelo técnico do Bolívar, que disse não saber quem era o atacante. Resultado: 8 a 0 para o Santos na Vila Belmiro com direito a show do camisa 11, que se apresentou ao treinador ao comemorar um dos gols marcados na goleada.

A música alta do elenco mais festeiro dá lugar agora a, no máximo, comemorações na própria Vila Belmiro, com direito a show gospel apenas para familiares de jogadores e funcionários do clube, como foi nas conquistas do Paulistão de 2015 e de 2016.

Fora de campo, o time atual, com uma média de idade mais alta, também é mais exigente. Os líderes do elenco preferem se calar às vésperas de um jogo mais importante como o desta quarta-feira. Quando falaram, foi para cobrar da diretoria que refizesse a logística para a viagem ao Equador.

Na ocasião, o Santos levou 16 horas para chegar a Guayaquil e os jogadores questionaram o motivo por não ter sido feito um voo fretado. Chegou até a se cogitar que os titulares pudessem ir de primeira classe, o que foi recusado pela cúpula do clube. que alegou que o gasto não estava no orçamento.

Seja com ousadia ou pés no chão, o Santos segue em busca da alegria na Libertadores.