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Uefa alerta sobre gastança de clubes: 'Não teremos medo de punir'

Barcelona pagou 105 milhões de euros por Dembele  - Foto: Reprodução/Facebook
Barcelona pagou 105 milhões de euros por Dembele Imagem: Foto: Reprodução/Facebook

26/08/2017 09h42

As movimentações milionárias dos clubes nesta janela de transferências não devem passar em branco pela Uefa. O presidente da entidade, Aleksander Ceferin, garantiu que está monitorando os altos valores gastos e já avisou aos envolvidos que não terá medo de punir ninguém.

"Vamos tentar ajudar, avisar, mas, a essa altura, não teremos medo de punir. Podemos colocar a chave debaixo da porta se não seguirmos nossas próprias regras. Não podemos ser um tigre sem dentes. Investigaremos todas as situações, sem exceção", disse Ceferin a um grupo de jornalistas.

Os questionamentos começaram depois da contratação de Neymar pelo Paris Saint-Germain, que bateu o recorde mundial após desembolsar 222 milhões (R$ 820 milhões). As sanções podem chegar a multas, perda de pontos e até exclusão de campeonatos.

"Não estou falando sobre o PSG. Estou falando sobre cada clube na Europa. Estamos monitorando a situação, a janela não fechou ainda. Acredite em mim, estamos trabalhando".

"Todos sabem que precisamos fazer algo, temos que reagir. Até os grandes clubes concordam. Não vamos eliminar esses gastos, mas vamos impedir de continuar crescendo. Ou, ao menos, impedir de crescer tão rápido".

Por fim, o cartola ainda comentou sobre a possibilidade de implementar um teto salarial no futebol europeu. Segundo Ceferin, o assunto deve ser discutido em reuniões em setembro.

"Há alguns anos, Michel Platini (presidente da Uefa na época) e Karl-Heinz Rummenigge (presidente da associação europeia de clubes) foram ver a União Europeia, eles disseram que era impossível haver um teto salarial no futebol (violaria as leis). Eu não estou tão seguro disso. Teremos uma reunião em setembro e veremos. Seria estranho se apenas os políticos fossem contra. Também há medidas estritamente esportivas a serem tomadas. Não um teto salarial à la americanos. Mas, por exemplo, limitar ou proibir o empréstimo de jogadores, limitar o número de jogadores sob contrato. Um clube italiano tem 103 jogadores sob contrato. Estas medidas são fáceis de implementar", completou.