Lucas Leiva exalta idolatria nos Reds e rechaça problemas com Klopp
No último dia 18 de julho, o brasileiro Lucas Leiva encerrou uma história de dez anos com a camisa do Liverpool, onde fez história e saiu idolatrado. Agora, o volante veste a camisa azul da Lazio, da Itália, destino que escolheu para ter mais minutos em campo.
Lucas somou 346 jogos, sete gols e um título pelo time inglês, o da Copa da Liga Inglesa de 2012. Os Reds prestaram diversas homenagens ao ídolo através de suas redes sociais. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o camisa 21 comentou sobre toda gratidão com a equipe agora comandada por Jürgen Klopp.
"Foi uma emoção gigantesca. Sinceramente quando iniciei minha carreira, não esperava alcançar um feito como esse. Ficar eternizado na história de um clube e receber tantas homenagens e o carinho que recebi foi algo memorável", exaltou Lucas.
Aos 30 anos, o jogador brasileiro chega ao time de Roma para substituir o argentino Lucas Biglia, que se transferiu para o Milan. A equipe de Roma disputará a fase de grupos da Liga Europa, segunda principal competição europeia, atrás apenas da Liga dos Campeões.
CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:
Você perdeu espaço com a chegada do Klopp. Como era a sua relação com ele? Tiveram algum problema? Ele chegou a te aconselhar quando você decidiu sair?
Minha relação com ele sempre foi boa. Sempre fomos honestos e respeitosos para com o outro. Ele é um grande treinador. Pude aprender com ele, ensinamentos que levarei por toda a carreira. Nunca tivemos nenhum problema, pelo contrário, mas como treinador, necessita tomar decisões que precisam ser respeitadas.
O Liverpool ainda não conseguiu ser campeão na Era Premier League. Quais são as maiores dificuldades de jogar em uma das ligas mais disputadas do mundo?
O equilíbrio é muito grande e, por vezes, você precisa conciliar atenções com outras competições. Um time da grandeza do Liverpool precisa entrar para vencer sempre, independente da competição. Esse desgaste acaba pesando e dificultando, além da extrema concorrência. Todo ano, tem 5, 6 candidatos ao título pelo menos. Isso só acontece na Inglaterra e no Brasil.
O nome do Coutinho é um dos mais mencionados nessa janela de transferências. Você acredita que ele vai mesmo deixar o Liverpool?
Ele é um jovem de muita responsabilidade. Independente da decisão que tomar, tenho certeza que será depois de muito planejamento e conversas com seus familiares e gestores de carreira.
Pessoalmente você acha que é uma boa caso Coutinho vá mesmo para o Barcelona? Qual conselho você daria a ele? Gerrard e Garragher, por exemplo, ficaram nos Reds e viraram grandes ídolos do clube.
É difícil comentar a situação de alguém nesse sentido. Não posso me colocar em seu lugar. Cada um pensa de uma forma e cada um sabe o que é melhor para sua respectiva carreira. Tenho certeza que ele tomará uma ótima decisão, pois é um cara de muita responsabilidade e inteligência.
Depois de 10 anos, por que decidiu trocar o Liverpool pela Lazio e como foi para tomar a decisão de ir para a Itália?
Foi a decisão mais difícil da minha carreira, com toda certeza. Pensei bastante, conversei muito com minha esposa, meus familiares, meu empresário. Analisei todo o cenário e me decidi por tentar esse novo desafio. Minha história no Liverpool nunca será apagada e eu levarei o clube em meu coração sempre. Mas a vida é feita de desafios e eu me identifiquei muito com o projeto que a Lazio me apresentou.
Pensa em voltar para o Brasil ainda?
É um plano que tenho em mente, até mesmo pela família e pelas raízes que tenho no país. Mas hoje, não tenho como pensar nisso. Só penso na Lazio por enquanto.
Você já chegou na Lazio ganhando o título da Supercopa. Com esse início promissor, qual é a sua expectativa para a temporada?
É a melhor possível. Meu objetivo é trabalhar forte a cada dia, tentar conquistar títulos e dar muita alegria a essa torcida, que me recebeu muito bem e já mostrou ser incrível.
A Juventus dominou a Itália nos últimos anos. Acha que é possível desbancar os atuais campeões, como fizeram na Supercopa?
Será uma tarefa árdua, pois eles têm realizado grandes temporadas, aproveitando a boa estrutura e um elenco de grandes jogadores. E difícil, mas acredito que o nosso grupo e qualificado e podemos realizar uma temporada. Começamos com o pé direito e isso certamente servirá como gás extra para as outras competições.
Tudo tem ponto positivo e negativo. É preciso saber extrair o melhor dos aspectos positivos e minimizar os riscos do oposto e assim, tentar bons resultados nas competições que virão.
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