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Cuca não elege culpados e mantém otimismo: 'Tudo que Deus faz é bom'

27/07/2017 01h15

Cuca se esforçou para não criar um clima de terra arrasada após o empate do Palmeiras com o Cruzeiro no Mineirão, por 1 a 1, que eliminou a equipe paulistas nas quartas de final da Copa do Brasil - o jogo no Allianz Parque foi 3 a 3 e os mineiros avançaram por terem feito mais gols fora de casa.

- A gente sente muito a derrota porque tinha a classificação na mão. Não estávamos sendo atacados a ponto de correr o risco de tomar o gol. Fica a dor, mas comandante tem de administrar, não tem de achar culpado. Lá dentro, eu cobro amanhã tudo o que tiver que cobrar. Mas tudo que Deus faz é bom. Se não foi para passar hoje, é para ter mais energia em outra situação. Queria ir adiante e ganhar a Copa do Brasil, mas não deu. O Cruzeiro passou, mas não vamos fazer terra arrasada, vamos continuar melhorando. Se não toma o gol no fim, estão todos de parabéns. Temos de dividir e controlar. Nem tudo nem nada. Podemos melhorar - disse o treinador, que detectou falta de maturidade da equipe no lance do gol de Diogo Barbosa.

- Depois que fizemos o gol, o Cruzeiro tinha campo, mas não lembro de uma defesa do Jailson. Não foi um sufoco para que o Cruzeiro merecesse o gol. Foi em uma jogada casual, com o lateral-esquerdo de centroavante, depois dos 40 minutos. Faltou para nós um pouquinho de maturidade de sofrer o fim do jogo. Porque não estávamos sofrendo. Mesmo bem posicionados, com a maioria dos jogadores, acabamos tomando o gol.

Cuca também não buscou eleger culpados no setor ofensivo. Quando o Palmeiras vencia por 1 a 0, Egídio desperdiçou um contra-ataque ao tentar encobrir o goleiro Fábio. O técnico defendeu seu lateral-esquerdo:

- A gente não pode criticar o jogador, porque lá dentro ele tem uma ideia no momento, uma visão. Ele fez o que escolheu. Teve a escolha errada, mas não foi por maldade que fez isso. Se toca a bola poderia sair o gol, era o mais certo, mas não fez. Não é por isso que tomamos o gol. Não adianta individualizar um jogador e culpar pela derrota, pelo contrário - disse.

Cuca reclama do árbitro

O técnico do Palmeiras também reclamou dos critérios do árbitro Wilton Pereira Sampaio e lembrou que, nos dias que antecederam a partida, Mano Menezes declarou que o Cruzeiro vinha sendo prejudicado pelos juízes.

- Falar de cabeça quente sobre arbitragem é ruim, mas tem lances em que você sente que o jogo pode fluir mais. Quando você está ganhando o jogo, tem uma velocidade monstra. Outro dia troquei um jogador, em Recife, ele saiu pelo ladinho em que estava lá. Hoje tem que quase pedir pelo amor de Deus para o jogador sair. Isto tira a serenidade, o gandula não repõe a bola, discute com você, o quarto árbitro deixa acontecer, as faltinhas todas para um lado. A pressão que fizeram durante a semana os árbitros olham. Eles são seres humanos, mas quando ouvem 40 mil gritando aqui já apitam. Mas que façam igual quando forem os 40 mil do Allianz, que aí a gente não reclama de nada - disse Cuca.