Botafogo evolui seu sistema defensivo e recupera identidade do último ano
Marco principal do trabalho de Jair Ventura no ano passado, a solidez defensiva do Botafogo tem voltado a ser uma característica marcante da equipe nos últimos jogos. Principalmente nos dois últimos jogos disputados em casa, quando a equipe soube se fechar e Gatito foi pouco exigido pelos adversários.
Foram oito jogos na temporada em que a defesa saiu sem levar gols, sendo dois deles os últimos no Nilton Santos, contra Atlético Nacional e Ponte Preta. Em nenhum momento antes - na temporada - a meta alvinegra havia alcançado dois jogos completos sem ser vazada. Entre os méritos da equipe, o famoso "110%" de intensidade na marcação pedidos pelo técnico Jair Ventura.
"A gente está conseguindo a compactação em todas as linhas, deixa mais fácil o trabalho da zona defensiva. Sendo que tem os volantes por perto, o Roger fazendo trabalho que centroavante não gosta de correr atrás dos volantes, mas é importante. Mas a compactação e a ajuda de todo mundo que está correndo, se doando ao máxima, estão ajudando para que não soframos gols. Temos que manter na Libertadores, Campeonato Brasileiro", afirma Gatito Fernández, que disputou 21 jogos pelo Botafogo até então, tendo sido vazado 20 vezes.
Seja pelas mudanças dos jogadores - Igor Rabello e Rodrigo Lindoso foram fundamentais nos dois últimos jogos - ou pelo melhor encaixe do sistema de jogo proposto por Jair, a defesa alvinegra volta a ser um ponto importante da equipe em um momento chave dentro da temporada. No ano passado, o time ficou marcado por vitórias expressivas e forte marcação na arrancada final.
"Eles estão fazendo um bom trabalho. Tem que ressaltar essa trabalho da zona defensiva, não somente deles, mas de todo o pessoal que está defendendo. Quem entra lá atrás tem jogado bem, temos grandes defensores que pode em qualquer momento nos ajudar. Mas realmente os dois estão fazendo um grande trabalho", completou Gatito sobre a dupla de zaga com Carli e Rabello.
Para o duelo desta quinta-feira, contra o Estudiantes - e que valerá o primeiro lugar do Grupo 1 na Libertadores - o comandante alvinegro deve manter a formação com os dois no miolo de zaga, além da habitual trinca no meio.
"Óbvio que o Igor entrou na briga pelas boas atuações. Treinador vai ter que escolher (risos)", encerrou Jair na coletiva depois da vitória contra a Ponte.
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