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Eduardo Baptista condena 'fofocas' e explode: 'Sou homem pra c...'

27/04/2017 01h12

Eduardo Baptista explodiu em sua entrevista coletiva após a vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol, em Montevidéu, na noite desta quarta-feira. O técnico do Palmeiras desabafou contra o que chamou de "fofocas", com gritos, palavrões e socos na mesa, contrastando com sua habitual tranquilidade.

- Algumas coisas que colocaram sobre a minha pessoa que vão além do campo, além da parte tática. Eu escutei de uma pessoa importante, um cara de que sou fã, que o Róger Guedes jogou contra a Ponte Preta (no último sábado) porque o Alexandre Mattos escalou, porque eu era um treinador maleável. Eu sou um cara sério, batalhei para estar aqui e exijo respeito. Essa pessoa não falou a fonte. O Willian não jogou contra a Ponte porque ele ficou uma semana sem treinar, foi treinar quatro horas antes do jogo - disse o treinador.

A confusão em torno de Róger Guedes começou antes do jogo de ida contra o Peñarol, no Allianz Parque. O atacante treinou como titular no domingo e na segunda-feira, mas foi substituído por Willian na atividade de terça, a última antes do jogo. Insatisfeito com a decisão do treinador, Róger discutiu com ele e disse que não tinha cabeça para ficar na reserva. A pedido de Alexandre Mattos, ele deixou a concentração e não ficou nem no banco.

O que irritou Eduardo foi a informação de que ele supostamente teria escalado Guedes no jogo de volta contra a Ponte Preta por pressão do diretor de futebol. O técnico disse que isso é mentira.

- As pessoas têm de ter responsabilidade. Se tiver a fonte, fala a fonte, fala quem falou. Você pode questionar uma substituição, uma escalação, eu respeito. Mas vocês conhecem a minha família, me conhecem como homem, conhecem meu pai. Falar mentira, falar que eu sou maleável, isso é ofender o homem. Você não foi leal! Fala quem foi a fonte! Quando você dá uma notícia, fala a fonte, fala de onde veio! Porque você está falando com um cara sério aqui dentro, que dá a vida trabalhando. E não tem mimimi, não tem briga, não tem porra nenhuma! Pode falar o que for, pode criticar o que for. Se a gente não se une, o pau come ali dentro - esbravejou o técnico.

- Futebol hoje está parecendo revista de fofoca. O futebol está acima e eu procuro estar acima. Chega uma hora que ofende o homem, e eu sou homem para caralho. Escutar isso, e ainda mais de uma pessoa que eu respeito e sou fã, machuca para caramba. O Willian não jogou contra a Ponte Preta porque não treinou, por isso eu escalei o Róger Guedes. Se eu cair, se amanhã eu sair, eu saio de cabeça erguida, saio olhando no olho de cada um. Eu não tenho fontes que não posso informar, minha fonte é o dia a dia, é o trabalho - completou.

Eduardo encerrou sua entrevista dizendo que não irá mais ouvir perguntas que não tenham relação com futebol.

- É muita gente que fala de futebol e não sabe o que diz, aí ataca um homem, ataca um cara como o Felipe, um exemplo como Felipe Melo, um cara profissional. Pode até me criticar, mas eu vou falar, é o momento que tenho para falar. A partir de hoje não adianta perguntar de pressão, se o Róger brigou... Quer falar comigo, pergunta de futebol, senão vai queimar pergunta - completou.