Desgaste, erros em ataque e defesa e 'detalhe': queda do Timão por Carille
Em quatro meses como treinador efetivo do Corinthians, Fabio Carille vive agora seu "pior momento" em razão da eliminação na Copa do Brasil diante do Internacional, após o empate em 1 a 1 no tempo normal e a derrota por 4 a 3 nas cobranças de pênalti atuando na Arena de Itaquera. Apesar de atribuir a queda no principal torneio nacional disputado em mata-mata aos "detalhes", o novato comandante admite uma série de problemas técnicos de sua equipe, especialmente no setor ofensivo.
- Jogo grande e decisivo é assim: apareceu, tem que fazer. O time girou a bola, criou, chegou na área do adversário, mas faltou matar. É uma questão que estávamos melhorando, chegando com mais perigo. Hoje voltamos a chegar, mas precisamos de paciência e tranquilidade pra fazer os gols em cima das oportunidades que aparecem - lamentou o treinador, que viu sua equipe errar 12 em 16 finalizações e 15% das tentativas de passe contra o Colorado.
- O primeiro tempo foi bem igual, as duas equipes com oportunidade de finalizar e fazer gols. No segundo tempo tomamos o gol numa segunda bola, que o Nico chutou dentro da área, bateu no Fagner e entrou. Depois fiz a substituição para deixar o time mais ofensivo e criamos três, quatro possibilidades de gols, mas não fizemos. Quero parabenizar o grupo pela dedicação. É ruim perder a classificação dentro de casa, mas domingo tem outra. Vamos levantar a cabeça.
Apesar de chegar a nove partidas sem derrotas na temporada, o Corinthians amarga a primeira eliminação marcante, e novamente em confronto decidido em Itaquera. Sem buscar culpados apesar das falhas de Marquinhos Gabriel, Guilherme Arana e Maycon nas cobranças de pênalti e dos diversos erros de finalização com bola rolando, Carille atribuiu a queda ao "detalhe" dos pênaltis.
- O pênalti é um detalhe em que infelizmente um fica fora e nessa noite foi o Corinthians - disse, antes de completar:
- É o momento mais difícil da minha carreira, com certeza. Uma carreira muita curta. Mas estou satisfeito com o entendimento da ideia de jogo por parte do grupo. Fizemos gol logo e pudemos aumentar com o Romero, não aconteceu, o Inter cresceu e não conseguimos encaixar a marcação. No segundo tempo erramos contra-ataques e depois que tomamos o gol tornei a equipe mais ofensiva. Penso que o Corinthians tem uma ideia de jogo e a gente não pode mudar. Se as coisas não dão certo em cima do que você treina, imagina em cima do que você não treina. O time sabe o que fazer com bola e sem bola. Mas em jogo assim há vários elementos, inclusive um pouco de desgaste, o Inter com mais tempo de recuperação que nós, sabíamos da dificuldade. Tivemos chance de ganhar, mas não conseguimos.
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