Jogador graças a anúncio, Hernández diz que não imaginava chegar ao Santos
Ser contratado por um time grande do Brasil. Fazer um gol de bicicleta na estreia. Os primeiros dias do atacante Vladimir Hernández no Santos representam a realização de sonhos do próprio atacante colombiano e de muitos garotos da América do Sul. Porém, o começo do "Pequeno Gigante" no futebol não foi fácil e se parece com o de milhares de crianças pelo mundo.
Nascido em Arauca, cidade colombiana com menos de 40 mil habitantes, Vladimir Hernández se mudou para Barranquilla ainda na infância, mesma época em que jogava futebol na rua. Destaque nas peladas, o baixinho de 1,60m aos 27 anos chamava a atenção dos colegas mas não de empresários e olheiros.
Mas a amizade foi o suficiente para levar Vladimir ao Junior Barranquila, único clube que defendeu até chegar ao Santos. Seu amigo de infância, José Renan viu o anúncio de uma peneira no time da cidade e deu carona a Hernández. No fim, o velocista de baixa estatura foi aprovado, mas o amigo, não. Ainda assim, a felicidade prevaleceu.
"É uma linda história. Eu jogava no campo de bairro e um amigo viu no jornal sobre os testes no Junior. Fomos juntos. Eu fui muito bem, fiquei, e meu amigo não ficou, infelizmente. Hoje ele é policial de Barranquilla. Cheguei por causa de um jornal e fiquei. Depois nunca mais saí, fiz todas as categorias de base. E consegui o salto ao profissional", conta o reforço santista em entrevista ao LANCE!.
Com bom desempenho nos treinos e com a atuação no amistoso com o Kenitra, Vladimir Hernández já chamou a atenção da torcida. Porém, o novo atacante da seleção colombiana sabe que não será fácil chegar ao time titular.
"Seria um orgulho, uma satisfação de chegar e ser titular em um grande time. Tem muitos jogadores, é algo bonito. Tenho desejo de triunfar, me adaptar, ver o que o professor quer. Time tem base de tempos e ano passado esteve muito bem, em segundo lugar. Venho para trabalhar dia a dia e esperar por oportunidades", pontua.
Confira a entrevista exclusiva com Vladimir Hernández:
Você ficou marcado pelo gol de bicicleta. Sempre gostou de tentar ou foi um improviso?
Sempre gostei de fazer a bicicleta, em treinos ou em jogos. Neste jogo amistoso eu consegui chegar e já fazer esse bonito gol.
Você não conhecia o Copete antes e agora foram para a seleção e andam juntos no Santos. Virou seu melhor amigo?
Eu enfrentei Copete quando ele jogava no Nacional, mas nunca tínhamos amizade, esse diálogo. Agora no Santos eu o conheci mais. É uma pessoa sincera, humilde, amigável. Me ajudou muito desde o primeiro dia. Me trouxe ao treino, me levava no hotel. É bonito ver um compatriota que ajude dessa forma em um novo clube.
Você disse que procurava um salto na carreira até chegar ao Santos. O que vai mudar na sua vida jogar no Brasil?
Quando saí da Colômbia, sabia que ia melhorar. Era o que eu queria faz tempo. No Brasil posso ajudar minha família muito mais do que já fiz. Espero conseguir coisas grandes aqui, tratar de melhorar a cada dia e que minha família possa vir e conhecer o Santos. Eu sempre quis esse salto. Era um sonho jogar no futebol internacional. Nunca imaginei que jogaria em um time tão grande como o Santos. Mas dou graças a Deus pelo momento. Quando me falaram do Santos, fiquei muito feliz, cumpri um sonho e espero cumprir muitas coisas mais. Dar o melhor, ganhar a confiança de todos, dos jogadores, dos professores, da torcida. Tenho muitos sonhos para conseguir.
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