Lava-Jato em campo! Lembre os momentos em que operação afetou o futebol
A prisão do vice de futebol do Flamengo, Flávio Godinho, na manhã de quinta-feira, estendeu a série de episódios em que a Operação Lava-Jato afetou o esporte. Braço direito de Eike Batista em suas empresas, o dirigente é acusado de lavagem de dinheiro das propinas que eram recolhidas das empreiteiras que faziam obras públicas no Estado. Acusação não tem a ver com o Rubro-Negro.
Porém, a Operação Lava-Jato já vem investigando construções de estádios e até empreiteiras. O LANCE! relembra alguns dos casos sob suspeita.
Início da Lava-Jato
De uma operação local, visando investigar uma rede de lavanderias e postos de combustível para movimentar dinheiro ilegalmente, estoura o maior esquema de corrupção da história do país. O caso, que envolve partidos políticos, agentes públicos e empreiteiras, desvia bilhões da Petrobras em propina, e mira contratos da Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde. Entre os crimes citados estão falsidade ideológica, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, obstrução de justiça, operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida.
Como está
Atualmente, está na fase 39, a Operação Eficiência, e conseguiu repor R$ 270 milhões. Entre os presos estão os ex-deputados José Dirceu, Eduardo Cunha, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PP, João Genu, o ex-ministro Antônio Palocci e o ex-presidente da Odebrecht.
Lava-Jato 'entra em campo'
Executivos das empresas responsáveis pelas obras de estádios da Copa do Mundo de 2014 são presos pela Lava-Jato, acusados de esquema de formação de cartel para fraudar contratos da Petrobras.
Arena da Amazônia
Segundo a Andrade Gutierrez, os ex-governadores do Amazonas (mais tarde, senadores), Eduardo Braga e Omar Aziz receberam suborno na construção da Arena da Amazônia - orçada em R$ 669 milhões.
Mané Garrincha
O suborno em torno da Copa do Mundo se estende ao Mané Garrincha, estádio mais caro do Mundial: R$ 1,7 bilhão. José Roberto Arruda recebe 1% da quantia e Agnelo Queiroz também recebia uma quantia, que não era fixa.
Arena das Dunas
Também investigada desde 2015, a Arena das Dunas é citada na Operação Lava-Jato. O senador Agripinio Maia é acusado de receber propina da OAS durante o período de construção do estádio. A obra, inicialmente orçada em R$ 400 milhões, custará ao Governo do Rio Grande do Norte ao fim da concessão o total de R$ 1,4 bilhões.
Arena Corinthians
Na Operação Xepa (fase 26), em 2016, surgem indícios de que a Odebrecht teria pago propina de R$ 500 mil nas obras da Arena Corinthians, palco de abertura da Copa do Mundo de 2014. Presidente do Conselho de Administração, Emilio Odebrecht afirma, em acordo de delação, que estádio foi feito como "presente" para o ex-presidente Lula. O Timão, a princípio, avaliava o preço em R$ 820 milhões, mas a quantia salta para R$ 1,2 bilhão.
Andres Sanchez
O deputado federal Andres Sanchez é acusado de corrupção passiva quando era presidente do Corinthians, na quantia da suposta "doação" de R$ 500 mil para a Arena. O vice-presidente do Timão, André Luiz de Oliveira, também é acusado.
Maracanã
A Odebrecht e Andrade Gutierrez apontam que reforma do Maracanã (que custou R$ 1,2 bilhão) envolve pagamento de propina do consórcio a Sérgio Cabral Filho. A denúncia é um dos motivos que levam à prisão em novembro de 2016, na Operação Calicute (fase 37).
Contratação de Tevez
A chegada de Carlitos Tevez ao Corinthians, ao fim de 2004, rende investigação da Lava-Jato. Segundo o diário "La Nación", Gustavo Arribas, um dos empresários envolvidos na negociação, é suspeito de lavagem de dinheiro na transferência do argentino do Boca Juniors para o Corinthians.
Flávio Godinho
O vice de futebol do Flamengo é preso na Operação Eficiência (fase 39). Flávio Godinho é acusado de operar os esquemas de Eike Batista, de quem foi braço direito até 2013, ocultando e lavando dinheiro de propinas recolhidas de empreiteiras.
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