'Sem números, inúmeros méritos para a estreia do São Paulo de Ceni'
É tentador e divertido explorar formações táticas, ainda mais com o aumento de recursos e parâmetros disponíveis sobre o assunto no futebol. Mas assim como ignorá-los, ater-se fanaticamente a eles é prejudicial.
Para explicar: você consegue definir qual esquema foi utilizado por Rogério Ceni no primeiro tempo da partida de ontem contra o River Plate (ARG)? Se falou 3-4-3, é bom lembrar que Rodrigo Caio esteve o tempo todo na linha de meio-campo, como um primeiro criador de jogadas e, ao mesmo tempo, o primeiro combatente. Não eram três zagueiros.
E um 4-1-4-1, então? Bem, assim como Rodrigo, os laterais em nenhum momento formaram linha de quatro na defesa, mas sim acompanhavam um posicionamento que tinha como referência o camisa 3.
O que importa e importou na atuação tricolor foi a proposta de jogo, o papel cumprido por cada peça e o que essa união proporcionou. Exceção a Denis e Maicon, houve zelo com uma saída de bola consciente e técnica. Com a colaboração de Cueva, os meio-campistas formavam um bloco que desarmava com a mesma velocidade que atacava, sempre pelos lados.
Elementos prejudicados por um velho problema de frieza e, acima de tudo, qualidade nas finalizações. Que desapareceram no segundo tempo com a troca de mais de um time e só tiveram lampejos pelas breves - infelizmente -, mas eficientes atuações de Araruna e Shaylon.
Bom, mas para não ficar fora da onda e em cima do muro. Diria, que o esquema foi um velho WM, dos primórdios do futebol: dois zagueiros, os laterais e Rodrigo Caio formando o W, enquanto o M tinha Wellington Nem, Thiago Mendes e Cueva na base, com Luiz Araújo e Chavez à frente.
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