Jejum de quase sete anos acaba, mas pênaltis ainda incomodam São Paulo
O São Paulo quebrou tabu que já durava quase sete anos ao eliminar o River Plate (ARG) na semifinal da Florida Cup, na última quinta-feira. A classificação foi alcançada em disputa de pênaltis, vencida por 8 a 7 graças a duas defesas do goleiro Sidão e algo que não acontecia desde a Copa Libertadores da América de 2010. Na ocasião, o então goleiro Rogério Ceni foi o herói contra o Universitario (PER) ao pegar duas cobranças.
Desde então, foram quatro disputas em torneios de mata-mata e quatro eliminações. A primeira aconteceu em 2013, na semifinal do Campeonato Paulista, para o Corinthians. O Alvinegro, adversário na final da Florida Cup às 21h deste sábado, venceu por 4 a 3. Na última cobrança, Ceni se adiantou em chute de Alexandre Pato, mas o árbitro mandou voltar e o atacante que defenderia o Tricolor sacramentou a classificação corintiana.
Em 2014, foram duas quedas nos pênaltis. A primeira foi nas quartas de final do Paulistão, contra o modesto Penapolense no Morumbi: 5 a 4, com erro fatal do zagueiro Rodrigo Caio. No segundo semestre, na semifinal da Copa Sul-Americana, foi a vez do Atlético Nacional (COL) triunfar no Morumbi, por 4 a 1, com escorregão do centroavante Alan Kardec.
Por fim, houve a eliminação para o Cruzeiro nas oitavas de final da Libertadores de 2015, a última disputada por Rogério Ceni como jogador. Depois de uma vitória por 1 a 0 para cada equipe, o Mineirão foi tomado pela tensão das penalidades. E apesar do Mito ter defendido duas cobranças, o Tricolor acabou derrotado por 4 a 3. Souza, Luis Fabiano e Lucão erraram.
Mas ter quebrado o tabu de quase sete anos só alivia parcialmente o drama são-paulino nos pênaltis. Desde que Rogério Ceni, cobrador oficial por uma década, se aposentou no fim de 2015, o Tricolor teve 16 penalidades a seu favor e desperdiçou nove: Michel Bastos e Calleri erraram dois cada em 2016, PH Ganso, Maicon e Chavez perderam uma também no ano passado, enquanto Cueva desperdiçou uma no Brasileirão e outra justamente contra o River Plate.
Para comparar, Ceni cobrou 89 penalidades na carreira de 25 anos e errou somente 20. Ou seja, em pouco mais de um ano desde a aposentadoria do agora treinador, o São Paulo perdeu quase 50% das cobranças do Mito.
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