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Doria descarta show e religião no Pacaembu e diz que Santos quer estádio

Alê Cabral/Agif
Imagem: Alê Cabral/Agif

23/12/2016 16h40

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, revelou nesta sexta-feira que foi procurado pelo presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, sobre o Pacaembu. Doria explicou como seria uma possível concessão do estádio e disse que o Peixe não investiria em reformas, ficando apenas com a "gestão futebolística".

"O Pacaembu será preservado para o futebol e outras atividades esportivas, não teremos o Pacaembu para shows e atividades religiosas, que merecem todo o respeito, mas não serão realizados no estádio. Vamos fazer uma concessão por um período determinado, modelagem não está pronta, e o Santos já demonstrou interesse", disse.

"O presidente Modesto Roma Júnior já esteve aqui junto com o futuro secretário de esportes para estudar e conhecer um pouco dos princípios da modelagem, que ainda não está pronta. Não que o Santos vá pagar pela concessão, entendo até que não deva fazer isso, e deve ser um sócio de um consórcio de uma ou mais empresas que assumirão a responsabilidade de gestão de investimento do Pacaembu, enquanto o Santos fará a gestão futebolística. É uma boa conversa, o Modesto tomou a iniciativa de nos procurar, está avançando bem", afirmou Doria, à rádio Jovem Pan.

"São necessários investimentos no Pacaembu, sim. Em iluminação, geradores, banheiros, reforma dos vestiários, a área da imprensa é muito ruim e na melhoria da segurança para o público que frequenta o estádio, preservando a arquitetura e as condições históricas", acrescentou o prefeito eleito.

A ideia inicial de Modesto Roma Júnior era construir um novo estádio para o Santos. Porém, com a decisão do Conselho Deliberativo da Portuguesa Santista de não aceitar a parceria em troca de um estádio próprio com outra construtora, o Peixe perdeu parte do terreno para construção de sua arena.

No projeto inicial, o estádio santista seria construído em parceria com o Clube dos Portuários e com a Briosa com terreno que pertence às partes envolvidas e mais uma parte que corresponde à União. Com a saída da Portuguesa Santista, o terreno será menor, o que não agradou ao Santos.