Caro, querido e discreto, Buffarini completa um turno de São Paulo
Mais de R$ 6 milhões investidos e dias de apreensão devido a problema no sistema de transferências da Fifa. Proteção e insistência de Edgardo Bauza. Reserva de atleta improvisado e um cartão a cada dois jogos. Exemplo de postura e arma para mudar o esquema tático. Tudo isso em apenas um turno do argentino Julio Buffarini como atleta do São Paulo.
A marca será alcançada neste domingo em Belo Horizonte, às 17h, contra o Atlético-MG, na 37 rodada do Campeonato Brasileiro. O Galo foi o rival da estreia do lateral-direito pelo Tricolor, ainda na 18 rodada. Na ocasião, Patón se despedia para comandar a seleção da Argentina e deixava o pupilo que tanto cobrou a contratação órfão após a derrota por 2 a 1 no Morumbi.
Passaram-se mais 14 partidas de Buffa no clube paulista, sem grandes exibições e sem erros marcantes. Ainda assim, o ala conquistou a confiança da torcida, que via na opção de improvisar Wesley na lateral um dos maiores defeitos do trabalho de Ricardo Gomes.
A média de três desarmes por jogo e o espírito aguerrido são argumentos de quem defende Buffarini em um duelo com Bruno, por exemplo, maior garçom do time na temporada com sete assistências. E com Pintado, para o jogo de hoje, o argentino ganhou mais um trunfo.
Ao longo da semana, o interino utilizou o camisa 18 de duas maneiras: na lateral, naturalmente, e como volante. Pelo San Lorenzo (ARG), Buffa já havia desempenhado a função e foi a solução encontrada pelo interino para compensar ausências e as limitações físicas de Hudson e Thiago Mendes. Nos treinos, o time ganhou mais pegada, força e velocidade na transição após a mudança.
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