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Autor do 1º gol do Allianz quer Palmeiras campeão, mas só na última rodada

Ananias disse nutrir carinho pelo Palmeiras - João Henrique Marques (UOL Esporte)
Ananias disse nutrir carinho pelo Palmeiras Imagem: João Henrique Marques (UOL Esporte)

27/11/2016 06h30

Herói da Chapecoense na classificação à final da Sul-Americana, Ananias coleciona boas memórias quando se trata do Palmeiras e do Allianz Parque. O atleta vestiu a camisa do Verdão em 2013, na campanha do título da Série B, e entrou para a história do estádio ao marcar o primeiro gol da nova arena, em novembro de 2014, quando defendia o Sport. Neste domingo, às 17h, Ananias volta ao Allianz para a partida que pode sacramentar o título palmeirense. Ao LANCE!, ele disse torcer para o antigo clube ser campeão brasileiro, mas espera que isso só aconteça na última rodada, diante do Vitória.

- Será a primeira vez que eu volto ao Allianz depois de ter feito aquele gol. Tenho boas lembranças de lá pelo gol que fiz, por ter entrado para a história do estádio. Espero ter outro dia abençoado como aquele, pois a gente vai lá para ganhar o jogo. Que o Palmeiras vai ser campeão é certo, mas não contra a gente. Que seja no jogo seguinte. A Chape precisa dessa vitória - afirmou Ananias, que fez um gol contra o San Lorenzo na Argentina e ajudou a levar o time catarinense à à decisão inédita.

Mesmo na final continental, a Chapecoense pretende garantir uma vaga na Libertadores através do torneio nacional. Atualmente, a equipe ocupa o nono lugar, com 52 pontos - quatro atrás do Botafogo, que abre o G6. Já o Palmeiras precisa de um empate para faturar o título já neste rodada, sem depender do resultado entre Santos e Flamengo. A duas rodadas do fim, o Verdão soma 74 pontos contra 68 do Peixe. Ananias vê no empate um bom negócio.

- Claro que um empate fora de casa com o time que vai ser campeão não seria ruim para a gente... Por coincidência, o ponto que eles precisam para ganhar a taça. São coisas do futebol. Estamos confiantes, vamos para vencer e chegar perto do G6 - projetou o jogador, que não esconde o desejo de deixar mais uma marca no estádio alviverde.

- Quero fazer gols em todos os meus jogos, não só porque é contra o Palmeiras, meu ex-time, mas porque esse é o papel do atacante. Espero marcar no Allianz de novo, onde fiz um gol histórico, e contra o time que tive o prazer de defender. O que me motiva é que o Brasil inteiro estará vendo esse jogo. Com certeza vai ser uma grande partida - concluiu o jogador.

Bate-bola com Ananias, atacante da Chapecoense:

Você ainda nutre carinho pelo Palmeiras? Torce para que seja campeão?

Fico feliz por ter tido a chance de jogar no Palmeiras, é um grande time. E fico feliz porque eles estão perto de conquistar o título. Pena que é um jogo contra a Chapecoense. A gente vai para vencer e tentar chegar na Libertadores. É legal ver o Palmeiras bem, mas precisamos ganhar. Foi bom jogar lá, mas agora é outro momento. Que conquistem o título no jogo seguinte. São campeões praticamente, mas que conquistem o ponto no jogo seguinte.

Como está a expectativa para a final da Sul-Americana? É possível deixar a ansiedade de lado e focar nas últimas rodadas do Brasileiro?

Estamos tentando segurar a ansiedade, mas não nego que ela é grande. Desde que terminou jogo de quinta e vimos que o Atlético Nacional (atual campeão da Libertadores) será nosso adversário, fica a expectativa de chegar quarta logo. Somos humanos, ficar ansiosos é natural, mas isso não pode nos atrapalhar. Vamos manter o foco no Brasileiro, nesse jogo importantíssimo contra o Palmeiras, e só pensar na final depois.

Você fez o gol no empate com o San Lorenzo e foi, ao lado do goleiro Danilo, o herói da classificação. Como é ajudar o time a ir à decisão inédita?

A gente estava confiante que ia passar, mas até agora não acredito direito que estamos na final de um torneio como a Sul-Americana. A ficha não caiu. Chorei muito no campo, depois do jogo, e comemorei com meus companheiros. É um fato histórico, inédito. A classificação significa muito para o clube e para a cidade. O que a gente faz não é apagado, sempre será lembrado pelas gerações futuras. Exemplo disso é o gol que fiz no Allianz, até hoje sou lembrado por isso. Quero deixar meu nome da história da Chape para contar para os meus filhos e netos. Gravar o nome na história de um clube não é para qualquer um.