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Vice-artilheiro do Bahia, Edigar Junio promete esforço máximo pela Série A

26/11/2016 07h45

As mesmas oportunidades que o futebol tira em determinado momento, ele devolve na sequência. Essa dinâmica favorece aqueles que passam por situações difíceis em uma temporada e na seguinte ressurgem para ofuscar o insucesso. Foi assim com Edigar Junio, atacante do Bahia. Depois de cair para a Série B do Brasileirão com o Joinville , em 2015, o jogador de 25 anos foi contratado pelo clube baiano e recebeu a chance de ajudar seu novo time a voltar à Série A.

- Ano passado foi um ano complicado, mas de muito aprendizado. Eu procuro ficar com as coisas produtivas e as negativas deixo para trás. Agora é uma outra situação, outro ambiente, e graças a Deus estamos com a possibilidade de chegar a série A. Me sinto muito honrado em fazer parte disso e prefiro lembrar de 2014, quando consegui ajudar o Joinville a subir - afirmou em entrevista ao LANCE!.

Na partida decisiva deste sábado, às 17h30, diante do Atlético-GO, campeão antecipado, o Bahia precisa vencer a fim de não depender de nenhum resultado e garantir seu acesso à divisão de elite do Campeonato Brasileiro. Para Edigar e seus companheiros, o fato de o rival goiano já ter decidido sua vida, não facilita o duelo.

- A gente acompanha nos meios comunicação e também por amigos lá do Atlético que eles não vão dar mole. A gente sabe da qualidade deles, temos de respeitar, mas confiamos plenamente no nosso elenco e vamos com toda a nossa força para conquistar o objetivo na casa deles.

Vice-artilheiro do Bahia em 2016, com 15 gols, apenas atrás de Hernane, o atacante considera esta atual uma temporada abençoada, potencializada pelo acolhimento que teve dos companheiros de equipe e a identificação com o clube.

Com o passe vinculado ao Atlético-PR até 2018, Edigar Junio está emprestado ao Tricolor baiano até o final deste ano, mas já declarou que pretende continuar e disputar a Série A pelo Bahia, no momento, porém, o pensamento está no duelo contra o Atlético-GO.

- Acho que esse momento deixa mais difícil pensar em outra coisa a não ser o jogo. É o jogo da vida de cada um, pois estamos desde o começo do ano esperando esse momento. Então, é foco total no acesso - declarou.

De fato, o ano do Bahia não foi fácil, principalmente na disputa da Série B em que oscilou entre altos e baixos durante toda a competição. Não faltaram críticas, nem troca de treinador. Guto Ferreira chegou no meio do campeonato para substituir Doriva com a missão de garantir o acesso. A definição acabou ficando para a última rodada, com a briga de três time por duas vagas na elite.

Se depender do empenho, da vontade e dos gols de Edigar Junio, o Tricolor baiano fará de tudo para realizar o desejo de seus torcedores e voltará a jogar a Série A em 2017.

- O torcedor pode esperar um grupo com sangue nos olhos, muita gana e muita raça para conquistar o objetivo. Vamos fazer, se Deus quiser, um jogo que dê orgulho ao torcedor - finalizou.

BATE-BOLA EDIGAR JUNIO, ATACANTE DO BAHIA

O Bahia vai subir para a Série A? Está confiante para o objetivo?

Nosso pensamento é ir pra Goiânia buscar o acesso. Com os pés no chão, humildade, e Deus à frente. O grupo está focado e bastante confiante no objetivo do acesso.

Qual é a participação do Guto Ferreira em sua evolução?

Com o Guto tenho evoluído taticamente, uma questão de dar opções no espaço vazio no ataque e poder preencher espaços na defensa. Tudo isso tem sido muito bom para o meu crescimento.

Você tem uma concorrência grande no ataque, o quanto isso te ajuda?

A concorrência sempre vai existir em todos os clubes, e aqui não é diferente. São muitos jogadores qualificados e rodados, tenho de duplicar meus esforços e concentração, porque se der brecha alguém entra no lugar. Tudo isso faz com que o grupo seja mais forte e o Bahia tenha sucesso, o que é o mais importante.

O Bahia passou por muitas oscilações durante a competição, como foi lidar com isso e se manter focado na disputa?

Acho que o primordial para nós, foi nos mantermos focados, além da cobrança e da união do grupo. Tivemos de tapar os ouvidos para muitas coisas que vinham de fora e nos unir. A pressão foi grande, mas nunca deixamos de acreditar em nós mesmos.