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Rodrigo vê falta de comprometimento e não reclamaria de 'faxina' no SP

18/11/2016 13h49

O zagueiro Rodrigo Caio bateu forte no elenco do São Paulo. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, ele disse que há falta de comprometimento e que a diretoria tem todo o direito de fazer uma "faxina" no grupo para a próxima temporada. O jogador mostrou seu descontentamento com a fase do Tricolor em diversos momentos. Ao ser perguntado sobre os motivos da desorganização da equipe, ele disparou:

- É falta de comprometimento. A gente treina, o técnico pede para nos ajudarmos. No momento do jogo tem desgaste grande, cada um tem de ter reflexão para um time vencer, todos têm de se dedicar. Em muitos jogos não aconteceu. A equipe não recompõe e por isso vivemos essa fase - detonou o zagueiro.

Logo na sequência, Rodrigo Caio foi perguntado se a diretoria precisaria fazer uma limpa no elenco para 2017. Sem titubear, ele novamente foi incisivo na resposta.

- A diretoria tem todo direito de fazer isso, pelo ano que fizemos. E os jogadores sabem disso. Temos três jogos para cada jogador mostrar que tem condição de ficar no ano que vem. Se a diretoria quiser fazer uma reestruturação geral, não podemos falar nada, porque estão no direito deles pelo ano que fizemos. Um ano muito difícil, brigando na parte de baixo da tabela. Não temos o direito de falar nada - afirmou.

O São Paulo está em 13º lugar, com 46 pontos. Por isso, Rodrigo Caio admitiu que a chance de conseguir uma vaga para a Libertadores da América do ano que vem é "quase impossível". Por outro lado, ele falou sobre a motivação para os últimos três jogos do Brasileirão.

- É a dignidade de cada um. Terminar um ano digno, com maior pontos possível, é o objetivo. A gente sabe que está devendo, a equipe não consegue emplacar, e isso não pode acontecer em uma equipe grande como São Paulo. O mínimo é correr, se dedicar e ganhar os próximos jogos - disse.

Durante os mais de 20 minutos de entrevista coletiva, Rodrigo Caio disse viver seu melhor ano individualmente por conta da conquista da Olimpíada e da convocação para a Seleção Brasileira principal, admitiu que o São Paulo precisas de reforços para 2017, mas disse que a defesa está está bem servida. Confira abaixo:

COMO AVALIA SEU ANO?

É difícil falar sobre isso, porque eu sempre penso coletivamente, mas não posso ressaltar esse ano. O melhor da minha carreira, de muitas alegrias, principalmente pela conquista da Olimpíada e convocações para a Seleção. Estou satisfeito, mas coletivamente estou frustrado. Não conseguimos uma sequência no Brasileirão, depois de uma boa campanha na Libertadores. Acredito que a gente precisa refletir bastante para ter um 2017 muito melhor. O São Paulo precisa estar brigando por títulos, mas esse ano não conseguimos

AINDA PENSA NA LIBERTADORES?

Ficou praticamente impossível, essa é a realidade. Tem mais três jogos, estamos a sete pontos do Atlético-PR. Descartamos essa hipótese, mas isso não me influencia em nada (de permanecer ou ser negociado). Claro que Libertadores tem um grande peso para o São Paulo, mas tem competições muito importantes no ano também. O mais importante é ter um elenco forte e qualificado para brigarmos em todas as frentes e conseguir um título, que faz muito tempo que o São Paulo não ganha.

SÃO PAULO PRECISA DE REFORÇOS PARA 2017?

É difícil falar de reforços porque é uma questão diretiva. Esperamos que o elenco seja reforçado com jogadores experientes para acrescentar qualidade, e coletivamente. Essa é a nossa grande dificuldade do elenco. Nos unimos em momentos difíceis, mas ontem foi a prova do nosso ano: um jogo controlado em alguns momentos, mas em outros muito espaçado, que coletivamente não se ajudou.

PRECISA DE REFORÇOS NA ZAGA?

Eu acho que não. Temos jogadores de muita qualidade, temos Douglas, Maicon, Lyanco que vem surgindo, Lucão que joga em qualquer time, tem Lugano. Acho que não tem necessidade nenhuma, nem se eu sair. Essa posição está bem servida, quem entrar dá conta do recado.