Treinador pessoal ajudou Denis a superar peso de substituir Ceni
A missão, de fato, era ingrata. Em seu primeiro ano como titular do São Paulo, Denis teve de substituir a lenda Rogério Ceni, que se aposentou no fim de 2015 após 25 anos de clube. O início foi muito ruim, o próprio goleiro admite. Falhas e mais falhas, principalmente em bolas alçadas na área. A paciência da torcida, que era enorme com o ídolo, evaporou rápido com o sucessor. Mas Denis foi bancado, seguiu como titular e se reergueu, tendo recebido elogios pomposos por atuações recentes. O que pouca gente sabe é que até um treinador pessoal, contratado pelo goleiro, participou do processo de evolução.
Denis contou essa história nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no CT da Barra Funda. Humilde, reconheceu que a ansiedade de substituir o ídolo o fez mal e que chegava a atrapalhar os companheiros. E enumerou motivos para uma melhora que ele considera significativa.
- Eu melhorei porque comecei a prestar atenção onde eu poderia ter feito e o que eu poderia ter feito para não tomar os gols. E comecei a colocar isso nos treinamentos, com ajuda do meu preparador de goleiros, para colocar em prática nos jogos. Fui evoluindo. E a grande melhora também foi psicologicamente, eu procurei ajuda. Procurei um "coaching" profissional, converso também com a psicóloga do clube (Anahy Couto). Era uma pressão muito grande, substituir o maior ídolo do clube. E eu fui melhorando, por isso consegui essa melhora - disse Denis, que negou um problema de má formação para os erros nas saídas de bola.
- Não acredito que foi uma má formação, pois tive uma formação muito boa, na base da Ponte Preta. Fui muito bem auxiliado na categoria de base. Acredito que o que me prejudicou muito no começo do ano foi a ansiedade. De querer fazer tudo que eu não fiz em todos os anos que eu joguei. Queria fazer mais do que eu poderia. Eu entrava na zona dos zagueiros e me atrapalhava, atrapalhava os zagueiros - analisou.
Depois da Libertadores, em que falhou com frequência, Denis emplacou uma sequência positiva, com grandes atuações contra Corinthians, Grêmio e Chapecoense. No último domingo, na derrota de 2 a 0 para o Vitória, foi questionado se teria falhado no gol de falta de Marinho, de muito longe. Mas passou a evitar falhas em bolas alçadas na área, que passaram a ser frequentes entre os zagueiros.
Preocupado com essa fragilidade, o técnico Ricardo Gomes deu enfâse a esse aspecto nos últimos dias. Contra Palmeiras, Atlético-PR e Vitória, recentemente, o São Paulo sofreu gols de cruzamentos.
A ideia de Ricardo é dar mais proteção a seu goleiro. Mais seguro, respaldo e protegido, Denis ganha confiança para seguir com a grata missão de substituir Rogério Ceni, que é insubstituível no coração fanático do são-paulino.
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