Engenhão ou Ilha? Botafogo deve pensar no ganho esportivo e financeiro, apontam colunistas
Após nove meses, o Botafogo volta a treinar no Estádio Nilton Santos. O local, cedido para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, enfim, passou novamente para o comando do Alvinegro, mesmo que ainda não esteja liberado para jogos. Por enquanto, o Glorioso segue mandando suas partidas na Ilha do Governador.
Para os colunistas do LANCE!, retornar ao Engenhão pode trazer consequências positivas e negativas ao Botafogo. Confira as análises de Eduardo Tironi e João Carlos Assumpção.
EDUARDO TIRONI - Colunista do LANCE!
"Esportivamente é vantajoso para o Botafogo voltar ao Engenhão. O estádio é melhor, o gramado tem tudo para ficar melhor do que o da Ilha. Porém, financeiramente pode não ser o melhor negócio, pois a administração é muito cara. Esta é a equação que o Botafogo deve fazer, colocando na balança o ganho esportivo e o ganho financeiro."
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO - Colunista do LANCE!
"Para jogos com expectativa menor de público, prefiro a arena na Ilha do Governador. Estive lá em 2005, quando Botafogo e Flamengo mandavam seus jogos no estádio Luso-Brasileiro. É um local mais canhado e que proporciona uma atmosfera mais acolhedora. Para o time do Botafogo, pela proximidade da torcida e também por já conhecer bem o gramado, seria melhor continuar atuando lá.
A diretoria, porém, tem que levar em consideração outros pontos e pensar no médio e longo prazo. Para um programa de fidelização do sócio, melhor seria o Engenhão. Inclusive por ser maior e ter acabado de receber a Olimpíada. Em termos de custos também deveria fazer uma comparação com quanto gastará em cada local. Ano passado, o custo médio do Engenhão ficou na casa dos R$170 mil. A expectativa, inclusive por ter um número menor de jogos programados para a Ilha, é que lá fosse o dobro.
Seja como for, optando pelo Engenhão, que é sua casa apesar dos problemas estruturais, em tese sanados, o Botafogo deveria fazer uma campanha para atrair mais torcedores para lá. Um estádio grande como aquele às moscas é tétrico. E custa dinheiro. Fora que pode, por outro lado, gerar novas receitas, se for bem explorado pelo marketing do clube."
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