Oposição vai à Justiça para evitar alterações em estatuto da CBDA
A chapa encabeçada pelo presidente da Federação Aquática Paulista (FAP), Miguel Cagnoni, na eleição à presidência da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) tenta evitar alterações propostas pela atual gestão no estatuto da entidade, sobretudo no que diz respeito ao peso do voto dos atletas. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo nesta quinta-feira.
O tema será apreciado na Assembleia Geral da entidade, na próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro. O encontro reúne presidentes de federações estaduais e a cúpula da confederação, com o objetivo de rever o estatuto e adaptá-lo às novas exigências das leis sobre entidades que recebem recursos públicos.
O texto proposto para alteração no estatuto diz que "cada federação terá direito a um voto. Os demais filiados terão direito a um voto com peso de 1/6". A mudança, segundo a oposição, prejudica a comissão de atletas da entidade, que até o momento tem o mesmo peso de um presidente de federação no pleito.
A disputa acontece em meio a uma disputa entre as chapas a seis meses da próxima eleição da CBDA, prevista para março do ano que vem. O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo entrou com uma ação de improbidade administrativa contra a confederação, por desvio de recursos públicos e fraudes em licitações, e quer o bloqueio de bens de cartolas da atual gestão.
Em entrevista ao LANCE! na quarta-feira, o atual presidente da CBDA, Coaracy Nunes, se defendeu das acusações e atribuiu o ato do MPF a uma perseguição de seu opositor. Ele afirmou que já conta com a palavra de 20 dos 27 presidentes de federações para eleger seu sucessor, o diretor-executivo Ricardo de Moura, também alvo da ação.
Outra polêmica na proposta de alteração do estatuto diz respeito à indicação de nomes para a comissão dos atletas, como quer a atual gestão. A Lei federal obriga que a formação seja feita por eleição entre os mesmos.
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