Topo

Cristóvão não se abala com a pressão antes do Dérbi: 'Corinthians é assim'

16/09/2016 12h49

Corinthians fora do G4 por conta de um empate contra o Coritiba na última quarta-feira, antigo pretendido pela diretoria livre no mercado de treinadores e iminência de confrontos decisivos contra o Palmeiras, no Brasileirão, e Fluminense, pela Copa do Brasil. Cristóvão Borges não vive um momento tranquilo no comando do Timão, mas as razões não são suficientes para tirar o sono do comandante há menos de três meses no cargo. Sereno, como é hábito, o treinador concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira e admitiu a pressão na véspera do Dérbi. Não que seja algo novo para ele...

- Pressionado estou desde que cheguei. Sou pressionado. Então eu vivo a pressão. O jogo é amanhã (sábado) e não tem diferença quanto a isso, continua a pressão. Quando eu aceitei vir para cá entendi o que era a responsabilidade, o momento. Não esperava os exageros, as coisas fora do normal. Passou-se do ponto. Mas aqui é pressão mesmo, no Corinthians é assim. Meu cargo, meu trabalho e o momento de transição que o clube vive, é tudo pressionado. Tenho que saber conviver com isso. Por isso as coisas de fora não tiram meu sono, me desequilibram, porque tenho que estar focado em dar resultado. Ainda bem que tenho muita gente que me ajuda, minha retaguarda nos departamentos. A pressão é muito grande, mas a condição de trabalho é muito boa - argumentou.

Cristóvão Borges foi anunciado pelo Corinthians em 19 de junho, três dias depois da oficialização da saída de Tite para a Seleção Brasileira. Até agora foram 17 partidas, com sete vitórias, cinco empates e cinco derrotas. O time está em quinto lugar no Brasileirão e, na Copa do Brasil, recebe o Fluminense semana que vem com a vantagem do empate sem gols. Para retomar os bons momentos, quando chegou até mesmo a atingir a liderança do Nacional, Cristóvão vê o Dérbi deste sábado, às 16h, como uma grande chance.

Caso supere o Palmeiras na Arena Corinthians, a equipe diminuirá para quatro pontos a vantagem de seu rival na liderança do Brasileirão, com chances de passar o Santos, voltar ao G4 e incomodar os outros três primeiros colocados. Em caso de derrota, há possibilidade da distância do Palmeiras aumentar para dez pontos, e aí o título do torneio viraria uma realidade distante. Cristóvão está animado em diminuir a diferença e seguir o trabalho.

- É uma grande oportunidade e sabemos disso. Necessitamos e desejamos nos aproximar da ponta, então é uma oportunidade muito boa. Independente do momento que passamos acho que demos uma crescida, uma melhorada, apresentamos coisas boas nas últimas partidas e estamos confiantes. Estou em prova de fogo desde que cheguei, é só continuidade. Mas estamos nos encaminhando melhor, pelo comportamento da equipe, porque já apresentamos coisas boas. Nesse processo é muito importante confiança - disse Cristóvão, que explicou as melhoras que viu no time nos últimos jogos.

- Conseguimos manter aspectos importantes num tempo maior de jogo. Em alguns jogos era um tempo bom e outro nem tão bom, havia necessidade de não jogar só um tempo, precisávamos aumentar. Aí fizemos partida mais constante no total, organização de jogo, construção, posse de bola, marcação, transição defensiva e ofensiva, tudo isso apareceu. Coisas externas eu sei da minha responsabilidade e ela é grande, mas sou concentrado no meu trabalho. E no meu trabalho, sim, tem coisas que me incomodam. Por exemplo, os erros que estávamos cometendo em jogar um tempo maravilhoso e outro bem diferente, isso me incomoda muito, e conversamos para corrigir. Primeiro tempo contra o Santos mostramos potencial de alto nível, e acho que precisamos manter - disse.