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Cristóvão iguala Adílson no Corinthians e tenta evitar novo trabalho curto

Robson Ventura/Folhapress
Imagem: Robson Ventura/Folhapress

16/09/2016 06h15

O enredo não é novo para Cristóvão Borges. O desfecho, porém, ainda pode ser diferente. Assim como foi no comando de Atlético-PR e Flamengo, o treinador já convive com pressão em menos de três meses no Corinthians. São 17 jogos até agora, um a menos do que fez no time carioca o e três do que teve em Curitiba, seu trabalho mais curto, encerrado em março.

O Corinthians, por sua vez, já viveu história parecida em 2010. Adilson Batista também foi contestado precocemente, não conseguiu bons resultados e durou 75 dias no cargo, tendo dirigido o clube nos mesmos 17 duelos que Cristóvão Borges.

Contudo, a diretoria alvinegra minimiza estes fantasmas e afirma que a história não se repetirá agora. Apesar das críticas da torcida e de Roger, que foi procurado para substituir Tite antes mesmo de Cristóvão, estar livre no mercado após deixar o Grêmio, o Corinthians banca seu atual técnico.

"A nossa avaliação não é só em cima de resultados. Houve uma vez com o Tite em que o Andrés (Sanchez, ex-presidente) bateu o pé para mantê-lo após uma eliminação. Nós avaliamos o jogo, é claro, mas ainda mais o dia a dia", disse o diretor adjunto de futebol Eduardo Ferreira.

Apesar do discurso, o Corinthians sabe da importância do jogo de sábado. A entrevista de Eduardo Ferreira para transmitir apoio a Cristóvão, na última quinta-feira, evidencia isso e é parte de uma mobilização do clube para o clássico, que também envolveu a antecipação da concentração dos jogadores.

Em meio a confrontos decisivos no Brasileirão e na Copa do Brasil, o Corinthians busca solução para seu futebol irregular. Resta saber se a saída escolhida será a de Cristóvão.