Com três medalhas, Isaquias muda o patamar da canoagem no Brasil
Duas medalhas de prata e uma de bronze. Dessa maneira terminou os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro para o canoísta Isaquias Queiroz. Aqueles mais exigentes (para não se dizer chatos) podem até dizer que faltou o ouro. Puro preciosismo. Lógico que ganhar é muito bom, mas o que Isaquias Queiroz conquistou na Rio-2016 já está na história. E ninguém deveria pensar em criticá-lo.
A canoagem nunca foi um esporte muito comentado no Brasil. A modalidade em velocidade tão pouco. Até surgir Isaquias. E também o técnico espanhol Jesús Morlan, contratado pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) em 2013.
Chegar aos Jogos Olímpicos nesse esporte já é uma tarefa complicada. Imagine então, conquistar uma medalha. E se forem três? Logo em sua estreia olímpica. Complicadíssimo, não? Mas foi isso o que Isaquias, de apenas 22 anos, conseguiu.
Quer mais? Seria difícil imaginar uma competição de canoagem no Brasil com as arquibancadas lotadas alguns anos atrás. Agora, pelo menos nos Jogos do Rio, tudo mudou. No primeiro dia da competição de velocidade, mesmo com Isaquias na água, os assentos para o público não estavam completamente ocupados. Mas a situação começou a mudar. Vieram os bons resultados, a primeira medalha e... o público compareceu em grande número. Faltou lugar para tanta gente, que aproveitou para acompanhar a competição do lado de fora, nas grades.
Os gritos e aplausos no pódio também mostram o reconhecimento das pessoas. Assim como fez em todas as vezes após receber a medalha, Isaquias chegou mais perto da grade para abraçar a mãe Dilma e os familiares. Não faltaram selfies, abraços, palavras de incentivo ao medalhista.
A canoagem velocidade está no calendário dos Jogos Olímpicos desde 1936. Mas para muitos brasileiros parece ter estreado somente neste ano, no Rio de Janeiro. Antes tarde, do que nunca. E muito graças a Isaquias.
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