Contra ex-clubes, Rafael Mineiro e Jefferson são armas na final do NBB
Em meio à tensão da final do NBB entre Flamengo e Bauru, que voltam a duelar neste sábado, às 14h10, na Arena Carioca 2, no Rio de Janeiro, no terceiro jogo da série melhor de cinco (o duelo está 1 a 1), há espaço para dois personagens deixarem o clima quente de lado, ao menos por alguns minutos.
Os alas-pivôs Rafael Mineiro, do Rubro-Negro, e Jefferson, da equipe paulista, já estiveram do outro lado da quadra. Com a experiência adquirida no passado, ambos têm lembranças e dicas valiosas a repassar a seus técnicos na decisão.
Em 2015, Mineiro integrou o elenco bauruense na disputa da Copa Intercontinental (o time perdeu o título para o Real Madrid-ESP), e viajou aos Estados Unidos para a pré-temporada da NBA, uma experiência enriquecedora.
- Tudo aconteceu muito rapidamente. Cheguei para a Copa Intercontinental um dia antes do jogo, e tive só dois treinos. Na NBA, eu já estava mais entrosado, e tenho uma lembrança melhor - recordou Mineiro, de 27 anos, ao LANCE!.
Chegar ao Rio de Janeiro trouxe ao atleta experiências diferentes. Após o fim da equipe de Limeira (SP), ele se transferiu para o clube da Gávea e, entre altos e baixos na temporada, foi um dos destaques na disputada série contra Mogi das Cruzes, encerrada em 3 a 2 para o Fla.
Do outro lado, Jefferson também leva histórias para contar sobre o rival de agora. Afinal, ele foi campeão com as cores do Fla do primeiro NBB, em 2009, e da Liga Sul-Americana daquele ano, além de ter conquistado três vezes o Campeonato Carioca (2008, 2009 e 2010).
- Passei três anos muito felizes no Fla. Fui campeão com jogadores que seguem no clube, como o Marcelinho. Tenho grande respeito pela camisa, o que valorizaria ainda mais o título. Estou com gana de vencer - disse o atleta, de 33 anos, que já jogou por Hebraica (SP), Londrina (PR), Arizona West College (EUA), Paulistano, COC/Ribeirão Preto (SP), Assis (SP), Hungria, Flamengo e São José dos Campos (SP).
Treinado por Guerrinha em Bauru no ano passado, Mineiro é fonte para José Neto, cérebro do tri consecutivo do Fla no nacional. Jefferson, que esteve sob o comando de Paulo Chupeta no Flamengo, leva um pouco do aprendizado da Gávea para Demétrius Ferracciú.
- O estilo do Bauru mudou depois da troca de treinador, mas a quantidade grande de bolas de três continua. Temos de marcá-los - alertou Mineiro, fã do Golden State Warriors, assim como Jefferson.
O aviso tem explicação. Na temporada, os paulistas conseguiram 412 arremessos certeiros de três, contra 310 dos cariocas. Hoje, ambos têm uma certeza: será hora de esquecer o passado e focar no alvo.
- Temos um grande elenco, de muito companheirismo e luta. Não é fácil viver dez meses com 15 jogadores e comissão técnica. Espero que coroemos com um título do NBB, que a torcida, patrocinadores e nós tanto queremos. Está faltando um título para os paulistas - falou Jefferson.
BATE-BOLA
Rafael Mineiro Ala-pivô do Flamengo ao LANCE!
'Não dá para ser o time perfeito'
O que mais te chamou a atenção desde que chegou ao Flamengo?
O que mais me surpreendeu foi jogar com o Marcelinho (Machado, ala-armador). Eu só tinha jogado contra ele, e quem joga assim o odeia. Quando eu estava do outro lado da quadra, queria matar ele (risos). É um jogador experiente, inteligente, que faz de tudo. Quer vencer acima de tudo e quer que os companheiros também se sintam bem. A experiência aqui servirá não só para o basquete, mas para toda a minha vida pessoal.
A equipe viveu uma temporada de apertos. Que avaliação faz?
É natural haver momentos de aperto quando se tem grandes equipes. Nós nos classificamos à final em cima do Mogi, que é muito bom, bem montado e jovem. Mas o Flamengo foi feito para chegar à final. É normal ter oscilações. Não tem como ser o time perfeito.
Como é o clima no elenco?
Nós ficamos apostando nos jogos da NBA. Cada um tem um jogador e um time favorito, então, é bem legal nossa união. Quando não estamos reunidos, nos falamos no grupo do Whatsapp.
BATE-BOLA
Jefferson Ala-pivô do Bauru ao LANCE!
'A Olimpíada é meu objetivo'
Como é jogar contra o Flamengo e relembrar sua passagem por lá?
Quando saí, o clube virou meu rival. Mas é um time que sempre chega entre os primeiros, e em todas as edições do NBB que disputei, fiquei entre os quatro melhores. Mesmo não querendo, nós nos enfrentamos.
Quais lembranças têm do Fla?
De quando fui campeão do primeiro NBB, contra o Brasília, com 16 mil pessoas gritando. E campeão sul-americano, contra o Quimsa (ARG) por um ponto, em um chute que o Coloneze (ex-pivô) deu. Saímos pelas ruas gritando e comemorando até chegar ao hotel. São momentos de muita alegria. Fiz grandes amigos.
Tem expectativa de uma convocação para a Olimpíada do Rio?
É um sonho meu. Todo dia que vejo algo sobre isso, me motivo a treinar mais. Venho bem nos playoffs, depois de uma lesão (rompeu o tendão de aquiles do tornozelo direito em 2015). Tenho feito um bom trabalho, e sei que o (Rubén) Magnano está de olho. Espero poder mostrar meu trabalho.
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