Revolucionário, Tite faz 55 anos com dura missão: reabilitar o Corinthians
Do Guarany de Garibaldi ao Corinthians, Tite já soma 16 anos de histórias, desafios e títulos no futebol. Atualmente, o treinador encara uma das missões mais árduas de sua trajetória. Não se trata de nenhuma briga com forças imperiais ou pela unificação da Itália, como foi com o personagem histórico que inspirou os fundadores da cidade onde começou a treinar clubes, mas o desafio tem, sim, sua importância: reabilitar o Timão em seu maior momento de instabilidade dos últimos anos. Nesta quarta-feira (25), dia em que completa 55 anos de vida, o comandante gaúcho tem mais razões para preocupação que festa.
Logo cedo, às 9h30, Tite dirige o último treino do Corinthians antes de enfrentar a Ponte Preta na terceira rodada do Brasileirão. Nesta atividade, o treinador definirá novas mudanças na equipe que já não vence há cinco jogos - eliminações no Paulista e na Libertadores e mau início do Brasileirão, torneio em que entra para defender seu título. "Revolucionário", ele já mudou seis peças do time que caiu na Libertadores, e novas mexidas não estão descartadas. Na terça, por exemplo, Cristian e Luciano viraram titulares nas vagas de Elias (a serviço da seleção brasileira) e André, este por opção.
"Temos que ter uma equipe que se ajuste, que se tiver que mudar o esquema que mude. Nós estamos procurando ajuste", insiste Tite.
"Revelado" como treinador no modesto Guarany de Garibaldi, time da cidade que homenageia o revolucionário italiano, Tite tem longo currículo de superação de desafios: campeão gaúcho pelo Caxias, da Copa do Brasil pelo Grêmio, da Sul-Americana pelo Internacional e de praticamente tudo pelo Corinthians, entre 2010 e 2013.
Nesta nova passagem, porém, tem sido alvo de fortes críticas. Chamado de teimoso em protesto no CT, Tite precisará ser herói de novo. Como Garibaldi foi "herói de dois mundos" por ter participado de conflitos na Itália e na América do Sul, o técnico do Timão precisa reabilitar o time na nova passagem. De revolução em revolução, tenta evitar o maior período sem vitórias no clube.
AS REVOLUÇÕES DE TITE EM 2016:
Peças - Escalação de quinta será a 25ª diferente neste ano, em 31 compromissos. Quatro vezes foi o máximo em que Tite utilizou mesma formação titular. O que significa, em linhas gerais, que o treinador ainda está em busca de seu time ideal no ano.
Funções - Guilherme começou o ano como volante, ao lado de Elias, mas se ajustou à formação atuando mais adiantado. Nas pontas, Tite sempre promove mudanças de posicionamento. Além disso, jogadores como Romero, Danilo e Marlone são testados em mais de um setor.
Esquemas - Formação tática original é o mesmo 4-1-4-1 do ano passado, mas já houve adaptações. Em alguns jogos, o Timão chegou a defender com uma linha de três na zaga. Contra o Vitória, o esquema foi o 4-2-3-1 no momento ofensivo, com Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto e Guilherme fazendo companhia a André. Amanhã, mudança é o 9: Luciano entra.
Treinos - Desde o início do ano, Tite tem inovado na rotina de treinos. Durante o período sem jogos pré-Brasileirão houve diversas atividades específicas e para correção de problemas ofensivos e defensivos. Até pênaltis foram trabalhados com insistência em razão do baixo aproveitamento no ano.
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