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De casa, Gum ganha sobrevida no Fluminense: 'Mato três leões por dia'

MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
Imagem: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

24/05/2016 07h00

Entra ano e sai ano, o zagueiro Gum continua no Fluminense. É assim desde 2009. Ora contestado, ora adorado pela torcida que o apelidou "Gum Guerreiro", o defensor de 30 anos só não tem mais tempo de casa do que o atacante Fred, que chegou às Laranjeiras cinco meses antes, em março daquele ano.

Após quase ser negociado pelo Fluminense no início da temporada, Gum recuperou a condição de titular. De quebra, tornou-se no último sábado o atleta com mais jogos pelo clube em Campeonatos Brasileiros: 188. A emoção veio à tona no gol marcado contra o Santa Cruz, no empate em 2 a 2 no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

"A comemoração foi espontânea. Fiquei sabendo da marca apenas na semana do jogo. Aí entendi a importância, a história que estava sendo escrita. Quando fiz o gol, lembrei da marca. Foi um momento de emoção. Fiquei feliz demais", comentou Gum, que deixou para trás o ex-zagueiro Marcão, hoje auxiliar técnico de Levir Culpi no Fluminense.

Em janeiro, Gum quase foi negociado pelo Fluminense. Com as contratações de Henrique, do Napoli, e Renato Chaves, que se destacou na Ponte Preta em 2015, o zagueiro perdeu espaço no elenco. Porém, os reforços não convenceram e Gum voltou a figurar entre os titulares, principalmente após a chegada do técnico Levir Culpi. A sobrevida nas Laranjeiras, de acordo com o zagueiro, é fruto do trabalho.

"Eu tenho uma só vida (risos), mas preservo muito ela, me cuido. Mas a cobrança vai ser sempre grande. Alguns falam que têm que matar um leão por dia, mas eu mato uns três aqui no Fluminense", afirmou.

Em seu oitavo Campeonato Brasileiro pelo Fluminense, Gum avalia que o torneio está cada vez mais nivelado. O defensor alertou para a dificuldade de o Flu não ter 'casa'.

"Se as seleções estão tendo dificuldade contra as menores, imagina no Brasileiro, que sempre foi equilibrado. Com a internet, todos times se conhecem. Hoje temos o material todo na mão. Como não temos casa este ano, temos que buscar atuar da mesma forma dentro e fora do Rio", avaliou.