Ginástica artística: Com lei em seu nome, colombiano quer ser exemplo em seu país
O "maior da história" é um termo utilizado, muitas vezes, de forma banal para se referir a um atleta. Em algumas dessas oportunidades, porém, a alcunha faz sentido. Assim como no caso de Jossimar Calvo Moreno, o maior ginasta da história da Colômbia.
Após tornar-se o primeiro colombiano a conquistar três ouros em uma mesma edição do Pan-Americano, em Toronto (CAN), em 2015, o jovem de 21 anos recebeu uma das maiores homenagens de sua vida, ao batizar a Lei de Esporte do seu país. A legislação foi criada como forma de fomento ao desporto na nação sul-americana.
- Todos sabem da disciplina e trabalho que tive para representar a ginástica e o país, e creio que isso é mérito de tanta dedicação e esforço. Espero que a Lei ajude os esportistas que queiram um dia se sobressair em suas modalidades - disse o atleta, que, nesse sábado, foi campeão nas barras paralelas na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, e quinto no solo.
As curiosidades sobre Jossimar, inclusive, começam já em seu nome, escolhido em referência ao ex-lateral do Botafogo, Flamengo e da Seleção Brasileira de futebol, Josimar.
Mas a vida do colombiano não foi feita só de vitórias e títulos. De infância pobre, no município de Cúcuta, Jossimar começou a praticar a modalidade aos cinco anos, após sua mãe, Nora, o ver imitando o astro dos filmes de luta de Hollywood Jean-Claude Van Damme. Assim, a professora do jovem aconselhou a mãe a direcionar o jovem à ginástica.
- A modalidade me chamou a atenção, e eu tentava imitar os movimentos desde cedo. No decorrer do tempo fui gostando ainda mais da ginástica. Foi uma motivação ver esse personagem (Van Damme), porque comecei a aprender as bases da ginástica - comentou, antes de falar sobre suas dificuldades na infância:
- Venho de uma família muito humilde. Quando pequeno, às vezes não tínhamos dinheiro para nos locomovermos ou até comer. Meu treinador e outras pessoas foram me ajudando, e a ginástica também.
Em sua vida, Jossimar superou muito mais do que apenas rivais na ginástica. Agora, classificado para a Olimpíada do Rio de Janeiro e indicado a ser porta-bandeira do país, ele provou que se espelhar em Van Damme o ensinou algo além da ginástica artística: o mostrou como lutar.
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