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'Timão enfrentará um time ousado no ataque e fraco no jogo aéreo'

25/04/2016 16h18

"Há um grande entusiasmo no Nacional para o confronto com o Corinthians pelas oitavas de final da Libertadores. Todos, torcedores e elenco e imprensa, acreditam que, pela força e grandeza do rival, este será o desafio que poderá pidir águas. Afinal, eliminando o time brasileiro, o Nacional se colocará como um candidato real ao título que não conquista desde 1988.

A motivação é grande, pois o Nacional teve boa performance na fase de grupos, com resultados valiosos principalmente fora de casa: a vitória sobre o Palmeiras e o empate com o Rosario Central.  No fim,  o time terminou em segundo lugar no Grupo 2.  Porém, isso foi muito mais por uma estratégia. Na rodada final, já classificado, o treinador optou por priorizar o Campeonato Uruguaio e escalar reservas contra o Rosario. Perdeu o jogo e o primeiro lugar. 

O Nacional tem qualidades e defeitos. O treinador Munúa sempre tenta fazer com que  a sua equipe tenha o controle da bola, na máxima pressão e atacando com vários jogadores na área do rival. E apostando no potencial de seu astro, o atacante Nico Lopez, que se encaixou muito bem na equipe.

Essa ousadia ofensiva é o  trunfo dos uruguaios. Mas também pode virar contra o time, pois não é sempre que o Nacional consegue impor o seu ritmo. Quando vê, acaba envolvido. Além disso, não há dúvida que o principal ponto fraco do time poderá ser fatal nas oitavas: os muitos erros defensivos no jogo aéreo. O Nacional não avançará se não corrigir isso.

Munúa não tem um esquema definido. Joga de acordo com o rival que terá pela frente. Pode ser 4-3-3, 4-3-2-1, 4-2-3-1. Contra o Corinthians, a mais provável formação seria esta: Conde; Fucile, Victorino, Polenta e Espino; Romero, Porras, Varzea e Ramirez; Fernandez e Nicolas Lopez."

Ignacio Chans é editor do El Observador, jornal uruguaio que integra o Pool do LANCE!