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Semis da Copa Verde teve jogaço no Pará e spray de pimenta em Brasília

23/04/2016 21h25

Não faltou  emoção  nos dois jogos deste sábado que definiram os finalistas da Copa Verde-2016. Em Brasília, no Bezerrão,  drama e confusão. O Gama entrou com boa vantagem após fazer 3 a 1 sobre a Aparecidense. Mas levou dois gols, passou o maior sufoco  e só fez o gol que fechou o placar em 2 a 1 nos acréscimos.  No fim, a delegação da Aparecidense se envolveu numa confusão que precisou da intervenção da polícia e até spray de pimenta foi usado.  No Pará, o Paysandu entrou com a vantagem do empate (vencera por 2 a 1 na ida), mas encarou um Remo aguerrido, que ficou sempre atrás do placar,  empatou duas vezes, mas acabou derrotado por 4 a 2.

Com os resultados, Gama e Paysandu decidirão o título. O Gama tenta levar o caneco para a Capital Federal pela segunda vez (o Brasília ganhou a primeira edição, em 2014) já o Papão, vice em 2014, busca o primeiro título para o Pará, que perdeu as duas edições do torneio (o Remo perdeu a final para o Cuiabá em 2015).

IRA DA APARECIDENSE

Após administrar sem problemas o jogo no primeiro tempo, o Gama levou um gol no primeiro minuto da etapa final, marcado por Dinei. Isso incendiou a Aparecidente, que perdeu três chances claras antes de  fazer 2 a 0 aos 27 minutos, um golaço de Dinei, que dribou três jogadores antes de bater sem chance para Pereira.

O jogo ficou aberto, com a Aparecidense em busca do gol que classificaria o time para a final e o Gama tentando marcar no contra-ataque. Aos 43, veio o lance-chave. A Aparecidense chegou ao terceiro gol, mas o árbitro anulou marcando falta no goleiro. Os jogadores goianos reclamaram muito. E foram à loucura quando, aos 45 minutos Raone encontrou Grampola livre para fazer o gol que foi a pá de cal para a Aparecidense.

O jogo terminou com muita confusão porque jogadores e comissão técnica da Aparecidense se revoltaram com os poucos minutos de acréscimos que o árbitro deu. No empurra-empurra, a polícia foi acionada e entrou em campo com agressividade, usando até spray de pimenta. Alguns jogadores saíram reclamando por terem sido atingidos.

O JOGAÇO EM BELÉM

Um primeiro tempo disputado no Mangueirão. O Remo começou melhor, desperdiçando duas boas oportunidades, uma aos quatro minutos com Luiz Carlos e outra com Marco Goiano que, livre na área, desviou.  O goleiro Emerson se esticou e salvou. O Paysandu, que ameaçava menos na partida, fez 1 a 0 com Celsinho que recebeu uma bola de Betinho, invadiu a área e foi derrubado por Alisson. Pênalti que o próprio Betinho bateu e converteu, abrindo o placar para o Papão aos 29 minutos da primeira etapa. O Leão não se intimidou e continuou a pressionar e chegou ao empate aos 49 minutos, num cruzamento de Ciro, com Fernando Lombardi fazendo contra.

O segundo tempo foi bastante movimentado. A etapa final começou com o Remo determinado e pressionando o Paysandu, que só oferecia algum tipo de perigo nos contra-ataques. E foi num deles, aos 18, numa cobrança de escanteio de Raí que ninguém cortou que Rodrigo Andrade empurrou para as redes, fazendo 2 a 1 para o bicolor. O Remo não se entregou. Aos 25, Ciro empatou a partida. Quando o jogo ainda parecia estar indefinido, o lateral Raí empurrou para as redes, colocando novamente o Paysandu na frente no placar, 3 a 2 aos 33. Sete minutos depois, o mesmo Raí selou a vitória e garantiu a vaga do Papão na final.