Laudo aponta ganho ambiental em terreno do campo de golfe olímpico
Um laudo apresentado pela prefeitura do Rio de Janeiro nesta sexta-feira aponta que a construção do campo de golfe dos Jogos Olímpicos, na Barra da Tijuca, levou benefícios ambientais ao terreno. A obra, inaugurada em novembro ano passado, foi cercada de polêmicas por supostos danos à região.
A conclusão foi feita por um perito designado pelo Tribunal de Justiça, que realizou inspeção do local em dezembro de 2015. Ele foi auxiliado por promotores de Justiça, assessores jurídicos e técnicos da área ambiental (como biólogos, engenheiros agrônomos e florestais, arquitetos e urbanistas).
De acordo com o laudo pericial, pedido dentro de uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Estadual, que questiona os impactos ambientais da obra, o campo de golfe gerou benefícios para o ecossistema da região, "ao ampliar a cobertura vegetal da área, recuperar toda uma região que se encontrava degradada desde os anos 80 e gerar uma espiral positiva para o desenvolvimento da fauna da região".
"A área da lide estava totalmente degradada antes das obras, exceto a FMP (Faixa Marginal de Proteção). (...) No momento em que a área da lide recupera a sua biopersidade, em total entrelaçamento com a existente com as demais Unidades de Conservação do entorno, ela passa a ser um importante esteio da manutenção da biopersidade e, consequentemente, uma agente indutora dessa biopersidade", diz o laudo.
O documento, de 27 páginas, informa ainda que "ocorreram ganhos de cunho ambiental e paisagístico com a implantação do projeto". O laudo afirma, por exemplo, que a implantação do campo implicará, ao final da obra, num aumento de 167% na cobertura vegetal do local em relação à vegetação nativa encontrada antes das obras.
No Rio, o golfe volta ao programa olímpico após 112 anos de ausência. A última participação da modalidade no evento foi em Saint Louis (EUA), em 1904.
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