Andrés se posiciona sobre gasto de R$ 190 mil no Corinthians: "Benefício institucional"
O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, se manifestou sobre os gastos suspeitos no cartão corporativo do clube durante sua última gestão, entre 2018 e 2020. Na semana passada, a Comissão de Justiça do Timão identificou cerca de R$ 190 mil em despesas duvidosas e convocou os ex-diretores que, à época, tinham a responsabilidade de fiscalizar o uso do cartão, para prestar esclarecimentos.
O órgão listou, a princípio, 50 despesas, com identificação de locais e valores que, somados, chegam a R$ 190.523,54. Entre as principais cobranças separadas e revistas pela Comissão, estão despesas com hospitais, clínicas e farmácias, em lojas de móveis e eletrônicos, além de custos com uma empresa de taxi aéreo e centros automotivos.
A Gazeta Esportiva entrou em contato com Andrés Sanchez e pediu um posicionamento. O ex-presidente enviou uma nota à reportagem, através do advogado Fernando José da Costa.
No comunicado, ele alega que já prestou todos os esclarecimentos ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Além disso, Andrés defende que o cartão foi utilizado "em benefício institucional" do Corinthians, inclusive para a "aquisição de presentes e despesas de representação". Veja a nota abaixo, na íntegra:
"O advogado Fernando José da Costa informa que Andrés Sanchez já prestou todos os esclarecimentos ao Ministério Público acerca da utilização do cartão corporativo, que à época não possuía regramento específico ou delimitação objetiva de gastos. Conforme esclarecido, o cartão sempre foi utilizado em benefício institucional do clube, inclusive para a aquisição de presentes e despesas de representação, sendo certo que todas as contas foram devidamente aprovadas pelos órgãos competentes".

(Foto: Peter Leone/O Fotografico/Gazeta Press)
O Corinthians informou, há cerca de duas semanas, que concluiu a entrega dos documentos sigilosos solicitados pelo MP. O clube se coloca à disposição das autoridades, mas teme vazamentos e reforça o cuidado para não expor ainda mais a imagem de instituição.
Além das supostas despesas pessoais, o MP também abriu investigação para apurar uma possível ligação do clube com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), motivada pelo depoimento de Romeu Tuma Júnior, presidente do CD do Corinthians, colhido pelo órgão.























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