Aliado de Augusto move nova ação na Justiça para tentar reconduzi-lo ao Corinthians

Um aliado de Augusto Melo moveu, nesta quinta-feira, mais um processo na Justiça para tentar reconduzi-lo à presidência do Corinthians. A ação, assinada por Leonel Augusto Gonçalves da Silva, sócio do Parque São Jorge, foi protocolada na Vara Cível do Foro Regional VIII do Tatuapé, em São Paulo.

A Gazeta Esportiva teve acesso ao documento. O associado pede uma liminar para que Augusto seja restituído à presidência do Corinthians, acionando o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, o presidente em exercício, Osmar Stabile, e o próprio clube. Ele atuava como assessor da bocha no Parque São Jorge e era próximo de Claudinei Alves e Valmir Costa, outros partidários de Melo.

Leonel, ainda, alega que o afastamento do mandatário teria causado a perda de um acordo de naming rights do CT Dr. Joaquim Grava com o grupo Mercado Livre, além do contrato de fornecimento de material esportivo com a Adidas.

Os demais argumentos utilizados são os mesmos já indeferidos pelo Tribunal de Justiça na última terça-feira. Os conselheiros Mario Mello, Ronaldo Fernandez Tomé, Maria Ângela de Sousa Ocampos e Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos tiveram insucesso em uma ação contra o Corinthians, Romeu e Stabile pedindo a validação do ato de Augusto Melo no último dia 31 de maio.

Na oportunidade, Augusto se dirigiu ao Parque São Jorge com alguns aliados e tentou reassumir a presidência do Corinthians através de um documento, assinado por Maria Ângela. O ofício, no entanto, não foi reconhecido por Stabile por não haver validade.

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Maria, que atua como 1ª vice secretária do Conselho Deliberativo, se intitulava presidente interina do órgão já que, em seu entendimento, Romeu deveria estar afastado e o sucessor imediato do posto, o vice Roberson de Medeiros, o 'Dunga', estava de licença médica. A conselheira, então, dizia ter anulado todos os atos conduzidos por Tuma desde o dia 9 de abril, dentre eles, a votação que aprovou o impeachment de Augusto pelo caso VaideBet, e determinava que o presidente afastado deveria ser reconduzido ao cargo.

Para defender a tese, os aliados de Augusto se sustentam nos Artigos 28, letras D e E, e 30 do estatuto do Corinthians. No entanto, como já publicou a Gazeta Esportiva, estes artigos são pertinentes aos associados do clube social, e não aos conselheiros eleitos.

Além disso, na última quinta-feira, a Gazeta Esportiva publicou, com exclusividade, irregularidades do ato liderado por Augusto Melo que foram expostas por Rodrigo Bittar, membro da Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians.

Augusto Melo ainda pode retornar à presidência do clube através da Assembleia Geral dos sócios, que irá ratificar ou não a decisão do Conselho Deliberativo de afastá-lo da presidência. A reunião está agendada para o dia 9 de agosto, das 9h às 17h (de Brasília), no Parque São Jorge.

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