Entenda quais serão os primeiros passos da nova diretoria do Corinthians
Augusto Melo foi afastado da presidência do Corinthians pelo Conselho Deliberativo na última segunda-feira e, com isso, o primeiro vice-presidente Osmar Stabile tomou posse do clube. A nova diretoria, apesar de mal ter assumido o Timão, já sabe quais serão os primeiros passos da gestão.
Como apurou a Gazeta Esportiva, a ideia de Stabile e seus aliados é trabalhar com um governo de coalizão, que nada mais é do que um sistema político em que diferentes partidos se unem para governar um país, clube, etc. Sendo assim, integrantes de distintas chapas se uniriam em uma espécie de 'pacto' para garantir maior estabilidade política e, consequentemente, promover paz.
A conduta vai de acordo com o discurso de posse de Stabile. Ele foi taxativo quanto à necessidade de "união entre correntes políticas" do Corinthians e pediu ajuda de todos.
Vale lembrar que, mesmo com o afastamento de Augusto, a chapa "Corinthians mais forte", eleita pelos sócios em dezembro de 2023, se mantém, agora tendo Osmar como presidente e Armando Mendonça como vice.
(Foto: André da Silva Costa/Gazeta Press)
Ao todo, 236 conselheiros compareceram à reunião que aprovou o impeachment de Augusto Melo. Foram 234 votos e uma abstenção - outro conselheiro assinou a lista, mas não votou. 176 votaram a favor da destituição, contra 57, além de um voto em branco.
O encontro desta segunda teve como objetivo retomar a votação iniciada no último dia 20 de janeiro. Naquela oportunidade, em uma reunião longa de mais de quatro horas, marcada por tumulto, 126 conselheiros contra 114 votaram a favor da admissibilidade do processo de destituição.
Augusto Melo e seus aliados tentaram, até os últimos instantes, suspender a votação através de medidas judiciais, mas não obtiveram sucesso. O rito no Conselho Deliberativo foi tranquilo e teve início com uma manifestação da Comissão de Ética e Disciplina do clube, seguido por um pronunciamento da defesa de Augusto. Depois votaram os conselheiros vitalícios do Timão e, posteriormente, os trienais, que decidiram pelo afastamento do presidente.
Antes mesmo da votação, Augusto Melo já reconheceu a derrota política em um pronunciamento à imprensa. Por entender que possuía a minoria no Conselho, ele se despediu com um "até breve", reforçou que não pedirá renúncia e garantiu que brigará até o fim pelo posto.
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