São Paulo envia documento à Fifa e à Conmebol com sugestões de punições para casos de racismo

Na manhã desta sexta-feira, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, o São Paulo enviou um documento à Fifa e à Conmebol com propostas de punições para casos de racismo no futebol. O clube sugeriu, ao todo, seis medidas.

A primeira das sanções sugeridas pelo Tricolor Paulista é a perda de pontos. Caso representantes, torcedores ou membros da comissão técnica cometam atos racistas, o clube deve perder três pontos na competição que disputa. A pena pode ser reduzida para um ponto se o responsável for identificado e punido criminalmente.

Na sequência, a equipe do Morumbis sugere uma multa de US$ 500 mil para times envolvidos em caso de racismo. Como na primeira medida, a pena será reduzida para US$ 100 mil em caso de identificação do responsável e punição criminal.

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O São Paulo também entende que os árbitros deverão seguir à risca o protocolo de racismo da Fifa. Caso contrário, o clube aponta que a equipe de arbitragem deverá ser sancionada, e a associação responsável multada.

A quinta e penúltima medida sugerida pelo time são-paulino é a criação de um cadastro de pessoas envolvidas em caso de racismo. Com o registro, medidas adicionais poderão ser aplicadas contra os responsáveis.

Por fim, o São Paulo pontua que deverá haver transparência nas punições. O Tricolor entende que os processos e as decisões precisam ser divulgados para o público.

Veja a nota do São Paulo na íntegra

Indignado e preocupado com os recorrentes episódios de racismo no futebol, o São Paulo Futebol Clube reforça sua posição favorável à existência de sanções esportivas como forma de punição para casos de discriminação racial.

Nesta sexta-feira (21), Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, o Clube enviou à FIFA e à CONMEBOL um documento com algumas propostas de punições.

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1) Perda de pontos

Clubes cujos representantes, torcedores ou membros da comissão técnica cometerem atos de racismo devem perder no mínimo três pontos no campeonato em disputa, reduzindo-se para um ponto apenas se houver identificação e punição criminal dos responsáveis. Racismo não pode ser tratado como infração administrativa, mas como um crime.

2) Sanções financeiras efetivas

O valor mínimo da multa para atos de discriminação racial deve ser de 500 mil dólares, reduzindo-se para 100 mil dólares apenas se houver identificação e punição criminal dos responsáveis.

3) Em casos de reincidência

Clubes reincidentes devem ser eliminados das competições em que estejam participando. A impunidade não pode mais ser um fator que encoraje novas ocorrências.

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4) Responsabilização dos árbitros

Árbitros que não aplicarem corretamente o Protocolo de Racismo da FIFA devem ser sancionados, e a associação responsável pela arbitragem deve ser multada. Não podemos permitir que situações de racismo sejam ignoradas em campo.

5) Registro de infratores

Criação de um cadastro de torcedores, atletas, dirigentes e membros de comissão técnica envolvidos em atos racistas, para que medidas adicionais possam ser aplicadas contra reincidentes.

6) Transparência nas punições

Os processos disciplinares e suas decisões devem ser públicos e amplamente divulgados, garantindo que as punições tenham efeito pedagógico e preventivo. O futebol sul-americano, com sua rica história e paixão, não pode mais ser manchado por atos de racismo sem que haja punição severa e proporcional à gravidade da conduta.

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Não podemos mais tolerar ações superficiais que não geram impacto real. Teve racismo? Menos 3 pontos! Chega de discursos vazios. Queremos medidas concretas e eficazes.

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