Torcedores enfrentam problemas para entrar em Interlagos e ficam sem assistir provas da F1
O sábado foi frustrante para muitas pessoas que foram ao Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. Houve um problema na entrada dos torcedores em alguns portões e muitos acabaram indo embora sem nem sequer conseguir assistir aos carros correrem na pista.
As confusões se concentraram nos portões A e G. As catracas apresentaram problemas e isso acabou atrasando a entrada dos fãs. Assim, muitos entraram somente depois da prova sprint e, devido ao adiamento do treino classificatório, voltaram para casa com um gosto amargo.
A Gazeta Esportiva conversou com alguns torcedores. A carioca Luiza Paragó, de 27 anos, é fanática por Fórmula 1 e estava ansiosa para ver o GP de São Paulo, mas a experiência virou um pesadelo.
"A fila estava completamente desorganizada, dando voltas e voltas. Não andava e ninguém estava entendendo. Uma das nossas amigas foi até a porta e viu que estava entrando um por um. Já tinha acabado a sprint e ainda não tinha andando. Então, fui até a porta e pedi para o segurança chamar alguém da organização, mas ele disse que ninguém viria e mandou eu falar com a polícia. Fui para um posto policial, acompanhada de um senhor, mas o policial disse que não poderia fazer nada", contou.
Luiza estava acompanhada de mais cinco amigas, todas de cidades diferentes. Elas chegaram no autódromo às 9h30 (de Brasília) neste sábado, mas, por conta das filas, acabaram entrando apenas por volta de 12h30. Ou seja, depois da corrida sprint, que começou às 11h. Alguns torcedores, aliás, assistiram à prova pelo celular. Outros deram meia-volta e foram embora.
Do lado de dentro, o grupo de meninas teve dificuldades para encontrar lugares para sentar e sofreu para se alimentar ou até mesmo beber água. Para piorar, elas foram obrigadas a ir embora logo na sequência, sem assistir à provas de F1, devido à forte chuva que caiu em Interlagos.
"Ficamos mais de duas horas na fila e chegamos com o máximo de antecedência possível pois já prevíamos que isso poderia acontecer, mas não vimos a sprint de manhã e, como choveu, não teve qualificatória. Então, entramos e não vimos nada", relatou a carioca.
Thais Fagundes, por sua vez, estava no portão G e reclamou da falta de organização da fila. A garota, que acompanhou a spint pelo celular, relatou que não haviam grades ou policiais para ajudar, apenas duas moças de apoio ao turista, que ainda tentaram auxiliar as pessoas com um megafone.
"Tinha gente chegando de todos os lados e se formou duas filas, que bifurcavam lá na frente. Por isso, demorou muito. Quando entrei nessa fila única, formava-se três ziguezagues, mas ainda estava confuso porque juntava com o portão H e Fan Zone. Nisso, tinha muita gente furando fila", comentou.
Por conta de toda essa turbulência, inclusive, muitas pessoas entrar em Interlagos sem ter o ingresso conferido. Isso porque o sistema das catracas ficou fora do ar por um tempo.
"Eram aquelas catracas que leem código de barras. Eles viram que não estava dando vazão e decidiram liberar todo mundo. Pessoas sem ingressos conseguiram entrar e não teve revista. Podia entrar com qualquer coisa, arma, guarda-chuva...era chegar e entrar", contou Thais.
Na saída, mais dor de cabeça. O portão estava fechado e precisou ser aberto pelos próprios torcedores.
"Na hora de sair, não tinha saída para todo mundo. É um perigo, ontem aconteceu a mesma coisa. O portão de saída não estava aberto e quem abriu foram os próprios torcedores. Organização zero. Foi a premiria vez que isso aconteceu. Não tinha ninguém para dar informação, vender água nem nada. Tinha gente cobrando dinheiro para deixar passar na frente. Pensamos em desistir e ir embora. Teve gente que foi", finalizou Luiza.
O GP de São Paulo segue neste domingo, com treino classificatório, às 7h30, e a corrida, ás 14h.
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