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Dois torcedores do Boca Juniors são presos por injúria racial e têm fiança estipulada em R$ 20 mil

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

29/06/2022 00h54

Dois torcedores do Boca Juniors foram presos na Neo Química Arena, na noite desta terça-feira, durante o empate por 0 a 0 contra o Corinthians, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Eles foram acusados pelo crime de injúria racial por torcedores corintianos.

Presos no posto da Polícia Civil dentro do estádio, eles serão encaminhados para o DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) ainda nesta madrugada e tiveram fiança de R$ 20 mil estipulada, cada um, para serem liberados. Caso isso não aconteça em 24 horas, eles serão apresentados a um juiz, que decidirá o que será feito.

No total, quatro torcedores foram detidos, mas somente dois acabaram presos por conta de imagens que comprovam as alegações dos torcedores do Corinthians. Os outros dois torcedores argentinos, portanto, foram liberados.

Esta é a terceira vez nesta edição da Libertadores que isso acontece em um jogo das duas equipes. Na fase de grupos, também na Neo Química Arena, durante a vitória brasileira por 2 a 0, um torcedor argentino imitou um macaco a dois torcedores corintianos.

Ele chegou a ser detido, mas o Consulado da Argentina pagou uma fiança de R$ 3 mil para sua liberação. O Boca foi multado em US$ 30 mil (R$ 157,3 mil).

No segundo turno, no dia 17 de maio, na Bombonera, torcedores repetiram o gesto em direção aos brasileiros. O Boca Juniors foi sancionado em US$ 100 mil (aproximadamente R$ 524,3 mil) pela infração.

Os valores são referentes à multa mínima. Na época do primeiro caso, o menor valor possível era de U$ 30 mil. O caso, no entanto, foi um dos vários que levaram a entidade a endurecer a pena, aumentando a multa mínima para U$ 100 mil. Além disso, os times poderão ser punidos jogando sem torcida ou parte dela em duelos em casa.