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Michael revela que sofreu com depressão em 2020: "Flamengo estendeu a mão"

Michael comemora gol marcado durante partida do Flamengo contra o ABC, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil 2021. - Thiago Ribeiro/AGIF
Michael comemora gol marcado durante partida do Flamengo contra o ABC, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil 2021. Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

01/08/2021 15h14

O técnico Renato Gaúcho chegou ao Flamengo há algumas semanas e o clima no elenco é outro. O caso mais notório é o de Michael, que se tornou destaque sob o comando do novo treinador e já caiu nas graças da torcida. O atacante chegou na temporada passada e sofreu com as más atuações, sendo alvo de críticas dos torcedores rubro-negros, contexto em que enfrentou problemas psicológicos.

"Eu tive depressão no ano passado, sofri muito com isso. Na época, eu estava no hotel e quis me suicidar. Vieram pensamentos ruins e eu queria saber como era me jogar do prédio. Então, gritei por socorro, pela minha mulher, pelo doutor Tanure, Diego Ribas, Diego Alves, Filipe Luís, o Rafinha, o Marcos Braz também. Eles me fizeram ser querido, abraçado. Tiveram um cuidado comigo, que ninguém antes tinha feito", disse Michael ao canal Barbaridade.

O atacante também destacou a ajuda do ex-técnico Jorge Jesus.

"No momento em que eu mais precisei de um amigo, os funcionários do Flamengo estenderam a mão. Deus usa pessoas para te ajudar. Hoje, posso falar que depressão tem cura, pelo menos para mim teve. Eu consigo exercer minha profissão melhor. Teve um dia que não estava conseguindo concentrar e aí cheguei no quarto do Jesus e disse: 'Me manda embora, rescinde meu contrato, sei lá. Faz o que bem entender'. Eu chorava, não conseguia me expressar direito. Não conseguia dormir sozinho. Ele disse que não me mandaria embora. Me perguntou se eu dormiria bem em casa e disse para eu ir", declarou o jogador.

Por fim, Michael destacou que procurou ajuda de um psicólogo e um psiquiatra. Em alta novamente, o jogador se mostrou aliviado pela melhora com o tempo.

"Sou muito grato pelo que fizeram por mim. Não tenho vergonha de falar isso porque, depressão, quase todo mundo tem, mas ninguém quer assumir. Orgulho não serve para nada, só serve para nos matar. A gratidão que eu tenho pelo Flamengo, pelos profissionais, principalmente, será para o resto da vida. Quando eu mais precisei de um amigo, o Flamengo estendeu a mão", finalizou.