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Após goleada, Mancini diz que Corinthians precisa voltar a jogar à sua maneira

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

18/10/2020 19h52

O Corinthians sofreu sua pior derrota na Neo Química Arena neste domingo, em goleada para o Flamengo por 5 a 1 pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com menos de uma semana no cargo, o técnico Vagner Mancini não se isentou de parte da culpa, explicou o que gerou a derrota e mais uma vez disse que o Alvinegro precisa voltar a jogar à sua forma.

"A culpa é de todo mundo, eu não me isento, até porque já faço parte do processo, mas ao mesmo tempo acho que seria injusto jogar nas minhas costas porque a situação já não estava boa boa. Todo mundo tem sua parcela de responsabilidade e vai ter que assumir. Todos nós estamos extremamente chateados em função do desempenho da equipe", disse o treinador em entrevista coletiva após o jogo.

"Quando aceitei o convite do Corinthians sabia que a situação era difícil, mas não podemos fugir da nossas responsabilidade. A gente sai muito ciente: o Corinthians tem a sua cara e tem que voltar a jogar dessa forma. Não podemos dar chances para os adversário ao longo dos 90 minutos, importante que a gente entenda o aspecto emocional e que isso não volte a acontecer", completou.

Mancini reconheceu a diferença atual do time do Corinthians, 14º, para o novo líder Flamengo, mas explicou que a equipe pecou na marcação, e que poderia ter minimizado essa distância.

"Vou tentar ser o mais sincero possível, o Flamengo jogou de uma forma que nós já sabíamos que poderia jogar, mas o Corinthians jogou de uma forma muito abaixo. Óbvio que todo mundo está extremamente chateado, enfrentamos um time que foi campeão brasileiro e da Libertadores, tem técnica, tática e emocional envolvido, mas o Corinthians ficou muito abaixo do que a gente esperava", disse.

"Em alguns momentos até competiu, mas na maior parte do jogo acabou não sendo competitivo da maneira que a gente quer que seja; e quando você enfrenta uma equipe ajustada e não é competitivo, não consegue igualar as deficiências que porventura tenha na partida. Diante desse quadro, sinceramente, vi um Corinthians que precisa ajustar mais, marcar mais de perto, ser mais competitivo para diminuir essa distância que todos nós sabemos que existe hoje", completou.

O Timão estacionou nos 18 pontos e está apenas dois acima do Athletico-PR, primeira equipe na zona de rebaixamento. Precisando reagir, a equipe volta a campo na próxima quarta-feira, fora de casa contra o Vasco.

Problemas na marcação

"No primeiro tempo ainda permitimos que o Flamengo chegasse com uma certa facilidade, até por erros de marcação, mas não podemos abrir mão, até pela fase que estamos, de qualquer jogador na marcação. O Corinthians pela sua história e pelo momento precisa marcar com os 11. Quando percebo que há uma certa distância das linhas, ou que a gente não consegue marcar, eu tenho muitas vezes dois jogadores na frente da linha da bola em todos os momentos, e isso acarreta um desgaste de quem está mais atrás".

"Então eu vi coisas que realmente me chamaram atenção, o aspecto físico é um, o tático também - as peças precisam se ajustar coletivamente. Ninguém mais vive em um futebol de marcação individual. As linhas têm que estar ajustadas, senão contra uma equipe bem montada você vai sofrer".

Diferença entre os tempos

"No primeiro tempo até pelo fato de termos menos tempo de jogo para que o atleta estivesse cansado, a gente conseguia corrigir (os problemas de marcação). A partir do momento que entramos no segundo tempo e tomamos o segundo e o terceiro gol rapidamente, e aí você tem que sair em busca de uma reação, acabamos nos expondo muito mais".

"Na segunda etapa em dez minutos quase fomos liquidados, e por dois gols construídos de uma forma muito simples. Quando você toma um gol, o adversário tem que fazer o maior esforço possível para isso, e não do jeito que eu vi, isso me chamou atenção. O segundo tempo foi de uma equipe que quis atacar de forma desordenada e não podemos permitir isso; é importante que haja mais competitividade, leitura tática mais ajustada para que, perdendo de 2 ou de 3, não se lance à frente de forma irresponsável".